Não bastasse a Petrobras, empresa brasileira que está prestes a completar 65 anos - isto é, se conseguir chegar viva a 03 de outubro - , ser massacrada pela Operação Lava Jato, ela foi vítima de uma espécie de estelionato.
Para encerrar um acordo de ação coletiva de investidores estrangeiros, por conta dos danos causados pelas denúncias da Lava Jato, a estatal terá que pagar um valor de US$ 2,95 bilhões.
A ação era movida em Nova York contra a empresa pelo referido motivo, pois os investidores se sentiram "lesados" ao comprar papéis da empresa.
Com o acordo, a Petrobras terá que indenizar os investidores num valor equivalente a R$ 10 bilhões.
É um estelionato, um crime contra o patrimônio público, porque a Petrobras foi desmoralizada pela truculência jurídica da Lava Jato, que, a pretexto de punir corruptos, derruba empresas.
Derrubando empresas, cancela projetos, obras e negócios, e causa demissão em massa, promovendo muito desemprego.
A Petrobras é prejudicada com isso e ainda é obrigada a pagar os chamados investidores, para botar mais dinheiro no já superfaturado mercado financeiro.
O "acordo" é um acinte, uma vergonha para o país, e um desrespeito para os 65 anos de uma instituição que os brasileiros tanto lutaram por sua criação e crescimento.
A indenização é 6,5 vezes (veja o trocadilho: 6,5 e 65) o valor "repatriado" pela Operação Lava Jato, que é de R$ 1,4 bilhão.
A grande mídia comemorou a recuperação da Lava Jato, mas é um valor ínfimo.
Para as dimensões da infraestrutura econômica e administrativa, um bilhão e um pouco mais de centenas de milhões são uma micharia.
Como arrecadar R$ 1,4 bilhão se ele vai embora, "acompanhando" os cerca de R$ 8,6 bilhões da grana da indenização?
Os acionistas brasileiros já pediram também a indenização, o que vai enfraquecer ainda mais o patrimônio financeiro da Petrobras.
Isso é uma herança do governo Fernando Henrique Cardoso, que abriu o capital da Petrobras na Bolsa de Valores de Wall Street visando futura privatização da empresa.
A Petrobras também anda perdendo reservas de petróleo, inclusive pré-sal, para empresas estrangeiras, que já estão levando nossas riquezas a troco de micharias investidas no Brasil.
Outra coisa grave é que as companhias petrolíferas estrangeiras usam mão-de-obra e matéria-prima do exterior, não sendo obrigadas a trabalhar com pessoal e material brasileiros.
É uma vergonhosa desnacionalização de nossa economia, e um crime de lesa-pátria.
Além disso, a Petrobras está nas mãos de Pedro Parente, que atua na estatal como uma raposa administrando um galinheiro.
Ele quer "enxugar" a empresa para depois vender os restos mortais da enfraquecida companhia para as gigantes estrangeiras do setor, tudo por um preço amigável.
E ver que, em 1939, em Boa Vista do Lobato, Salvador, havia uma descoberta que deu início a um sonho de grandeza brasileira.
Hoje nosso país, rico em recursos naturais, tem sua soberania gravemente ameaçada.
Um país grande, de uma enorme extensão territorial como o Brasil, sucumbir à entrega do próprio patrimônio aos estrangeiros, é um grande acinte.
É como abrir a casa para os ladrões levarem a maioria dos móveis e bens dos moradores, e só deixarem uma "gorjetinha" como indenização.
E muita gente acreditou quando os "coxinhas" que pediram "Fora Dilma" se mobilizavam "pelo Brasil". Abriram caminho para esse cenário calamitoso de sucateamento de nossa pátria.
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