Era madrugada e tentava dormir, sofrendo de grande insônia.
De repente, pessoas na rua gritavam "Fogo! Fogo!".
Fui olhar na janela. No primeiro momento, pensei que eram torcedores do Botafogo, porque, infelizmente, eles também dão esse grito durante o gol do time.
Mas aí pensei: não havia um jogo do Botafogo na madrugada.
Então imaginei que era um incêndio, mas pensei que fosse noutro lugar.
Aí fui para a cozinha e, de repente, pessoas nervosas bateram a porta do apartamento.
Peguei a chave e decidi abrir, depois de olhar pelo olho mágico da porta.
Foi no Edifício Marte, na Rua Américo Oberlaender, onde moro há oito anos.
O incêndio atingiu um apartamento do 13º andar, e todos nós tivemos que descer.
Foi um clima de apreensão. Mas os bombeiros chegaram logo.
Na madrugada, eles levaram tempo para controlar o incêndio. Controlaram, por volta de três e meia da manhã, mais ou menos.
Voltamos aos apartamentos e eu consegui dormir.
Mas, na manhã seguinte, houve outro incêndio, e pessoas apavoradas gritavam pelos bombeiros.
Esse incêndio atingiu um ar condicionado num andar mais abaixo.
Os bombeiros controlaram o incêndio e foram fazer uma vistoria mais rigorosa que a anterior.
Foi horrível. Apesar do meu apartamento não ter sido atingido, fiquei arrasado.
Vejo o quanto outras pessoas perderam e fico muito triste com isso.
Até hoje estou tenso, escrevendo essas linhas.
O incêndio foi notícia em O Globo e O Fluminense, na Internet.
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