Uma grande amostra da intolerância social que os bolsonaristas, que acham que podem tudo, têm se deu na noite de ontem.
Jair Bolsonaro não ganhou no primeiro turno, se contentando com sua aprovação para o segundo turno, com virtual vantagem, sobre Fernando Haddad, e um bolsonarista já cometeu seu ato de violência.
Num bar do bairro do Engenho Velho de Brotas, na noite do dia 07 de outubro de 2018, o compositor, tocador de berimbau e capoeirista Romualdo Rosário da Costa, o Moa do Katendê, um dos destacados artistas da cultura negra de Salvador, morreu assassinado.
Isso se deu porque Moa disse aos amigos que havia votado no presidenciável do Partido dos Trabalhadores, e fazia críticas a Jair Bolsonaro.
Um homem robusto, conhecido como Paulos Sérgio, não gostou das declarações e, após ima discussão agressiva, pegou uma faca e matou Moa do Katendê.
Um amigo do capoeirista tentou conter o brutamontes, e saiu ferido.
Paulos Sérgio foi preso e tentou posar de coitadinho, a exemplo do pitboy Luís Felipe Manvalier, que meses atrás matou a mulher Tatiane Spitzner e também fez draminha ao ser preso.
Paulos, todavia, deve ser mais frustrado do que Manvalier. Este, pelo menos, vive no Sul do Brasil que, como o Sudeste e o Centro-Oeste, são regiões em que o bolsonarismo é mais forte.
Em Salvador, isso não acontece. O bolsonarismo é fraco, e isso pode ter feito o assassino de Moa do Katendê ficar ainda mais furioso, descontando sua frustração cometendo o crime.
A tragédia comoveu todo o país, e Moa foi enterrado no cemitério da Quinta dos Lázaros, em Baixa de Quintas. Já fui a esse cemitério, em 2004.
A morte também tem uma simbologia de ataque contra um negro e contra a manifestação cultural negra, pois Moa era um dos mais atuantes artistas de música negra na Bahia.
Duro vai ser o brasileiro simples, que foi praticamente pressionado a votar em Bolsonaro devido ao bombardeio de fake news nas redes sociais, votar no candidato de Paulos, Manvalier e similares.
A truculência bolsonarista mostra a que veio, e se os bolsomínions não contiverem seus impulsos, só irão confirmar a má fama que carregam e que pesa muito forte no seu ídolo.
Através desses truculentos seguidores, no caso de Jair Bolsonaro vencer o segundo turno, essa vitória será, de qualquer maneira, uma vitória de Pirro.
Será uma experiência que acabará desgastando o próprio "mito" e seus seguidores, causando um trauma para eles no futuro.
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