Desculpem, mas não é porque Jair Bolsonaro tornou-se presidente eleito do Brasil que os bolsomínions vão fazer o que querem.
As elites têm que tomar cuidado, porque elas é que sofrerão mais dificuldades e terão que seguir certos limites.
Infelizmente, o pessoal não pensa assim mas é bom os bolsomínions jair se acostumando com seu suicídio de reputação.
A graciosa e lindíssima atriz Erika Janusa, por sinal um colírio para nossos olhos, foi vítima de um comentário deplorável.
Uma reaça festejou a vitória do "mito" e desejou extermínio de negros, inclusive da adorável e talentosa Erika.
O ator Caio Paduan, com toda razão, reagiu, defendendo Erika e os negros em geral.
Caio Paduan avisou que a moça pode ser processada por tal ofensa e ela nem ligou, chamando o aviso de "palhaçada".
O comentário, no entanto, foi gravado e hoje repercute na Internet e reproduzimos ele aqui.
Os bolsonaristas não podem fazer o que querem. Não podem xingar, não podem ameaçar, não podem matar, não podem cometer crime algum.
Isso porque eles têm que tomar cuidado com o que fazem ou querem fazer. Como um busólogo reaça que criou blogue de ofensas e saiu "queimado". Creio que ele deve ter votado no "mito".
Chama-se a esse impulso suicídio de reputação.
O sujeito quer ser valentão, ameaça tudo e todos, faz de suas atrocidades. Mas, quando o estrago é feito, ele banca o coitadinho, não quer ser punido, não quer ser "queimado", não quer virar vidraça.
No caso dos comentários da Internet, num dia o valentão escreve um monte de ofensas e difamações, cria página exclusiva, comanda rituais de valentonismo (bullying), parodia e clona postagens da vítima com fins depreciativos.
Depois, quando se torna vidraça, o sujeito corre para apagar postagens, cancela blogues, desfaz contas e cria outras, e passa a usar as redes sociais com medo.
Num momento em que as redes sociais já alertam que feminicidas também morrem - eles estão entre os que mais sofrem risco de infarto, no Brasil - , não é bom sair por aí pregando o extermínio de quem quer que seja.
Além do mais, racismo e machismo estão sofrendo decadência. Não é porque Bolsonaro saiu vitorioso que essas duas posturas lamentáveis voltaram a estar em alta.
Elas são como um canto de cisne, num contexto em que dois machistas idosos estão se despedindo do planeta. Já se comenta muito isso, embora o pessoal estivesse com medo (?!) de que esses velhos e famosos feminicidas, com 80 e tantos anos, já estejam muito doentes.
Há um esforço para tentar voltar a 1974, ano em que a ditadura militar, aos olhos da sociedade que a apoiou, chegou a um "ponto ideal".
1974 fará "45 anos" no próximo ano, mas o tempo dificilmente permite uma fotocópia do antigo ano.
Além disso, os valores mudaram e os reaças de hoje apenas estão provisoriamente empoderados em seus atos abusivos.
Mas a coisa não é fácil: os bolsonaristas não puderam se manifestar pela vitória de seu ídolo na Universidade de Brasília. Estudantes que se opõem ao "mito" expulsaram os manifestantes do campus universitário.
Haverá suicídios de reputação. O valentão de hoje é o acovardado chorão de amanhã.
A mocinha que ameaçou Erika Janusa é apenas uma entre milhares de futuros traumatizados. Pessoas que achavam que podiam tudo nas redes sociais, mas que, no futuro, só andarão cabisbaixos nas ruas, na vida real.
Comentários
Postar um comentário