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VÉSPERA DE FERIADÃO LOUCA NO BRASIL DA CAMPANHA PRESIDENCIAL

BOLSONARISTA TRESLOUCADO FAZ AMEAÇAS A CATÓLICOS E PROTESTANTES NUM EVENTO DA CNBB EM BRASÍLIA, REALIZADO EM APOIO A FERNANDO HADDAD.

Jair Bolsonaro amarelou, evitando ir ao debate. Foi considerado covarde pelos opositores e repercutiu mal com sua decisão.

Enquanto isso, os bolsonaristas ficam fazendo ataques e ameaças, soando como anti-cabos eleitorais do "mito".

Um tresloucado manifestante pró-Bolsonaro, com uma camiseta com a frase demagógica "Meu Partido é o Brasil" (isto é, um estranho Brasil que, entre outras coisas, quer vender suas riquezas para corporações estrangeiras), resolveu viver seus 15 minutos de fama.

Num evento da CNBB em que católicos e protestantes manifestam não só apoio ao petista Fernando Haddad, como repúdio ao fascismo e violência simbolizada por Bolsonaro, um neurótico bolsomínion fez seus gritos paranoicos.

Ele fez ameaças, disse vários clichês de um bolsonarista, e foi embora. Segundo o petista Paulo Pimenta, no Twitter, se o esquentadinho estivesse armado, ele teria feito um massacre.

Outra manifestante, também histérica, gritou que o voto dela era "livre".

Ela deve imaginar que se pode ser livre para decidir pela perda da liberdade. Então tá.

Enquanto isso, Jair Bolsonaro surtou.

Em depoimentos recentes, ele disse que "não vai privatizar" a Caixa e o Banco do Brasil e "limitar" privatização da Petrobras e Eletrobras.

Além disso, ele falou de um "super Bolsa Família" que iria ajudar a população pobre.

Fernando Haddad ironizou dizendo que seu rival está querendo dar um "cavalo de pau" para ampliar a vantagem nas pesquisas eleitorais.

As redes sociais não perdoaram e a mídia alternativa considerou que Bolsonaro está blefando.

MILITANTE BOLSONARISTA QUER TER LIBERDADE PARA NÃO SER LIVRE.

Bolsonaro agora diz que não é homofóbico e fez comentários mornos reprovando os atos violentos de seus seguidores. Mas admite que sua campanha influencia tais atos.

Dentro desse contexto, há também uma polêmica envolvendo atrizes que atuaram em Roque Santeiro, novela produzida pela Rede Globo entre 1984 e 1985, quando a ditadura militar ainda não havia terminado oficialmente.

São as atrizes Regina Duarte e Patrícia Pillar. Uma, outrora "namoradinha do Brasil", virou uma reacionária. Outra, ex-mulher de Ciro Gomes, hoje apoia Haddad para o segundo turno.

Curiosamente, Patrícia Pillar fazia parte, no enredo de Roque Santeiro, de um núcleo de personagens ligados a uma equipe que faria um filme sobre o lendário personagem.

Patrícia, que usava o mesmo penteado que Madonna na capa de Like a Virgin, tinha como um dos colegas de elenco ninguém menos que o hoje eleito deputado federal Alexandre Frota, bolsonarista de carteirinha e de partido, o PSL.

A personagem de Patrícia era uma atriz que interpretaria, no filme a ser gravado na ficção, a viúva Porcina, personagem de Regina Duarte, par do personagem protagonista, feito pelo saudoso José Wilker (que seria progressista e teria apoiado Haddad, com certeza).

Pois Patrícia e Regina se envolveram numa polêmica criada por esta.

Regina Duarte publicou no Instagram: "Salário mínimo é igual a R$ 954; 'Bolsa Presidiário' é igual a R$ 1.319,18. Tem certeza que o PT sabe governar?".

A ex-namoradinha do Brasil sinalizou apoio a Bolsonaro. Patrícia Pillar respondeu à postagem com tais palavras:

"Com toda a admiração e respeito que tenho por você, Regina, faço aqui uma ponderação: de antemão te digo que nunca fui petista, minha preocupação é com o Brasil. Nunca fui petista, minha preocupação é com o Brasil. Administrar um país tão complexo como o nosso não é fácil e muitos erros foram cometidos, mas você acha que a solução neste momento é votar em um candidato que não administrou nem uma rua sequer? Quem se apresenta como salvador da pátria mas não tem o menor conhecimento sobre saúde, educação, economia? A apologia à violência que ele prega nos trará ainda mais violência. Violência esta que já pode ser sentida hoje em nossas ruas. Falo aqui principalmente das minorias, pretos, pobres, LGBTIs, índios etc. Um governo ruim pode ser trocado em 4 anos, mas a destruição do nosso tecido social poderá levar décadas. Pense nisso com carinho".

A situação de Jair Bolsonaro está tão complicada - ele só será eleito se houver circunstâncias favoráveis a isso, neste Brasil surreal onde vivemos - que nem a fascista Marine Le Pen quer saber do "mito".

Segundo ela, Bolsonaro diz "coisas desagradáveis", mas que fazem parte de "outra cultura", não a do país de Le Pen, a França.

Para fechar esta postagem, temos o membro-fundador da hoje extinta banda inglesa Pink Floyd, banda que teve três fases: rhythm and blues (1965-1966), psicodélica (1967-1968) e progressiva (1968-2014).

Sim, trata-se de Roger Waters, que se apresentou no Brasil e manifestou seu repúdio corajoso a Jair Bolsonaro em alguns momentos de sua apresentação divulgando a turnê "Us + Them".

No telão, haviam imagens como a lista de neofascistas, dos quais se incluem a citada Marine Le Pen, o estadunidense Donald Trump (a classificação causa muita controvérsia) e o brasileiro Bolsonaro.

Várias pessoas aplaudiram, mas outras vaiaram.

Os que vaiaram nem tem ideia do que foi o Pink Floyd e do que é Roger Waters, órfão de pai desde bebê, porque Waters era filho de um ativista antinazista que foi morto pelas tropas de Hitler que então tentavam dominar a Grã-Bretanha.

Os reacionários nem conhecem bem o som do Pink Floyd. Não entendem as letras das músicas, não sabem quem foi Syd Barrett e só ouviram duas músicas: "Another Brick in the Wall (Part 2)" e "Time".

E, sendo bolsomínions, são do tipo estúpido como um internauta que achou que Madonna queria "ter 15 minutos de fama" aderindo ao #EleNão.

Logo a cantora mais famosa do mundo, que não tem só 15 minutos, mas, pelo menos, 36 anos (só contando a estreia do primeiro compacto, "Everybody".

Os bolsomínions lembram muito a "galera irada" do "Eu Odeio Acordar Cedo", no Orkut, uma gentalha que defendia uma gíria reaça, a gíria "balada", jargão patenteado por Tutinha da Jovem Pan e popularizada pela Rede Globo.

Os fascistas mirins daquele tempo (janeiro de 2007), hoje bolsomínions, fingiam que eram contra a grande mídia, como os reaças que vão para a rua impor sua intolerância.

Bolsonaro também se diz "anti-mídia". Mas foi flertado pela Globo, Band, SBT e Rede TV! e recebe o apoio da Record TV. E recebe tietagem do portal UOL, da Folha de São Paulo.

Bolsonaro e bolsomínions não podem reclamar da mídia hegemônica, porque elas ofereceram as condições para sua formação e ascensão.

O poder midiático também cria seus monstros. O golpe de 2016 está indo longe demais.

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