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BOLSONARO DISSE QUE NÃO CONTROLA 'FAKE NEWS' NO WHATSAPP. NÃO CONVENCEU

FLÁVIO BOLSONARO, SENADOR ELEITO PELO RJ, ESTAVA ENVOLVIDO COM FAKE NEWS NO WHATSAPP. É CLARO QUE JAIR BOLSONARO SABIA, POIS APOIA TUDO O QUE SEUS FILHOS FAZEM A FAVOR DELE.

Diante do escândalo das fake news, o senador eleito pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, filho do presidenciável Jair Bolsonaro, veio com coitadismo.

Disse ter sofrido "uma perseguição sem limites" e que sua conta, "com milhares de seguidores, foi banida DO NADA".

O banimento, diz sua assessoria, corresponde a um outro motivo, de caráter pessoal, não esclarecido oficialmente.

Mas há fortes indícios de que Flávio engajou, com muito gosto, na campanha do bombardeio de notícias falsas anti-PT.

Seu pai Jair disse que "não tem controle dessa campanha", mas evidentemente acompanhava, sim.

Ele e seus filhos são veteranos na briga contra o esquerdismo. Para quem encenou tiros de metralhadora num comício do Acre, prometendo "fuzilar toda a petralhada", acompanhar os disparos de fake news é café pequeno.

O mais estranho não é essa tentativa de desmentimento, nem as tentativas que Luciano Hang, da Havan, teve em desmentir a sua participação junto a outras empresas na campanha das notícias falsas.

E também não é estranha a arrogância dos bolsonaristas, que dispararam a pretensiosa hashtag #AFalhaeCafonerrima, surdos a qualquer tipo de advertência.

Esquecem eles que, se tudo for confirmado na Justiça, eles poderão ser enquadrados por crimes diversos, inclusive formação de quadrilha.

O estranho é o silêncio covarde da Rede Globo, no Jornal Nacional, que tentou esconder o assunto em pequenas citações de Fernando Haddad e na genérica declaração da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

As Organizações Globo tentaram, em seus veículos, enfatizar demais o fato da denúncia sobre fake news partiu do Partido dos Trabalhadores.

Mais estranho é quanto ao silêncio do Tribunal Superior Eleitoral e o adiamento da entrevista que seria ontem, às 16 horas, para domingo, às 14 horas, diante de tamanha gravidade do assunto.

A reunião teria, além de Dodge e da presidente do TSE, Rosa Weber, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Sérgio Etchegoyen a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Calloro.

Pelo jeito, eles estarão presentes na próxima reunião.

O Judiciário andou complacente e até cúmplice com Jair Bolsonaro. Alexandre de Moraes declarou que ele "não é uma ameaça à democracia".

Não dá para acreditar neles. Especialmente eu, apesar de eu ser um Alexandre e ser nascido em um 21 de março.

Perdi o sono só por imaginar Bolsonaro governando o país, por várias noites. Ontem tive um pesadelo com um grupo de rapazes forçando uma multidão de jovens a fazer número num ato anticomunista.

O golpe político de 2016 quer manter seu curso, mas encontrou uma pedra no caminho no escândalo das notícias falsas, que poderia resultar num caso como o Watergate.

Mas não. O que será que fez os membros da reunião adiarem a entrevista?

Será que precisam discutir uma solução, como o cancelamento das eleições e a substituição por eleições indiretas, votadas por um Congresso Nacional predominantemente conservador.

Só que a solução das eleições indiretas tem um prazo que, creio, deveria ser para o ano que vem.

Isso trouxe um grande impasse para a plutocracia. Ela não irá abafar o caso do WhatsApp. Também seria desvantagem para o Judiciário e outras instituições que retomaram o poder em 2016 deixar o caso para lá.

Digamos que o TSE ficou com um grande pepino nas mãos.

Hoje estão marcados atos em todo o Brasil pela democracia e contra Bolsonaro.

Vamos ver como será o impacto da manifestação para a entrevista de amanhã.

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