AMADO BATISTA, LATINO, ZEZÉ DI CAMARGO, GUSTTAVO LIMA, ANDRESSA URACH, MC TATI ZAQUI, NETINHO (AXÉ-MUSIC), FRANK AGUIAR, RONALDINHO GAÚCHO E EDUARDO COSTA - O 'POPULAR DEMAIS" QUE APOIOU JAIR BOLSONARO.
A narrativa que combinava influências tendenciosamente tiradas de Marc Bloch e Tom Wolfe, usadas pela intelectualidade "bacana", para "combater o preconceito" contra os chamados "sucessos do povão", fizeram grandes estragos.
Toda uma mobilização de jornalistas, documentaristas, antropólogos e outros envolvidos que se engajavam pela bregalização do Brasil, entre 2002 e 2014, só fez retomar o conservadorismo social.
A bregalização foi uma forma de sabotar o projeto progressista do governo Lula, criando uma abordagem supostamente em prol da cultura popular da vida que soa como uma resposta tardia dos herdeiros do IPES-IBAD (atualmente ligados ao Instituto Millenium) ao CPC da UNE.
Dois terços da "santíssima trindade" da intelectualidade "bacana" foram fazer suas pregações na mídia de esquerda, tentando convertê-la para a breguice que sempre glamourizou a pobreza.
"São" Paulo e "São Pedro", isto é, Paulo César de Araújo e Pedro Alexandre Sanches foram da mídia venal para fazer seus "sermões" na mídia esquerdista. Só Hermano Vianna agia dentro do perímetro grão-midiático.
O discurso era sempre aquela choradeira pelo "fim do preconceito". Só que defendia formas de suposta expressão popular que se voltam para abordagens preconceituosas do povo pobre.
Era uma falácia que, na prática, definia como "qualidades positivas" aspectos negativos relacionados ao povo pobre: o mau gosto, a falta de educação, a licenciosidade moral, o grotesco e a sujeira.
Ou seja, o povo pobre era "melhor" naquilo que ele tem de pior. E tínhamos que aceitar esse discurso que defendia o "popular demais", ou brega-popularesco.
Eu, que não tenho muita visibilidade, usava o antigo blogue Mingau de Aço para combater essa narrativa. Foi uma trabalheira. Era quase consenso as esquerdas embarcarem no "canto de sereia" da bregalização.
O mito da "pobreza linda", o falso empoderamento das mulheres-objetos, a exaltação do comércio clandestino e informal, da pirataria, da prostituição, a glamourização da miséria e da ignorância populares.
Houve gente que dizia que pedir melhorias para o povo pobre, sobretudo culturais, era "higienismo", "elitismo" e até mesmo "autoritarismo".
Houve gente boa que, em relação ao "arrocha" (espécie de brega eletrônico, diferente do tecnobrega paraense), disse, sobre o povo pobre: "é o que eles sabem fazer".
Quanta visão elitista foi jogada por baixo de uma falsa postura esquerdista.
Um exército de intelectuais ligados à mídia venal. Alguns sem vínculo empregatício com a mídia hegemônica mas colaborando "por fora" pelos interesses do baronato midiático, até trabalhando na mídia de esquerda, como mercenários lutando na trincheira adversária.
Entre um falso e forçadamente entusiasmado elogio a Lula e Dilma, a intelectualidade "bacana" jogava-se um ponto de vista "cultural" digno de executivos da Rede Globo ou da Folha de São Paulo.
Entre um artigo tendenciosamente contra o direitista da moda, seja ele Aécio Neves, Sérgio Moro ou a Globo em geral, enfiava-se um apelo para empurrar "proibidões" do "funk" e "sertanejos" para o acolhimento esquerdista.
Hoje "proibidões" e "sertanejos" sinalizaram apoio a Jair Bolsonaro, de uma direita mais austera e radical que a do PSDB.
A glamourização da pobreza jogou os pobres para as seitas evangélicas, porque os pobres não gostam da situação inferiorizada em que vivem. A intelectualidade é que faz voyeurismo com a miséria popular.
Passados quatro anos depois que os "rolezinhos do funk" se "fundiram" com as passeatas contra os aumentos das passagens de ônibus (mas que faziam silêncio quanto à pintura padronizada que escondia empresas) e, em parte, resultaram nos coxinhas que pediram o golpe político de 2016.
O "pobre de direita" surgiu como o lado oculto da pregação pelo "popular demais".
Os "sertanejos" foram em bando apoiar Jair Bolsonaro. Até pouco tempo atrás, a intelectualidade "bacana" tentava arrancar das esquerdas um inexplicável apoio pelos breganejos.
Zezé di Camargo foi um dos símbolos desse "dirigismo cultural" imposto às esquerdas. Enquanto ele e seu irmão Luciano vendiam imagem de suposto humanismo na mídia esquerdista, nas redes sociais os fãs, fascistas, patrulhavam contra quem criticasse um único espirro de Zezé.
Hoje Zezé é um dos que estão felizes com a boa vantagem de Jair Bolsonaro, um mito fabricado pelas pesquisas compradas, pelas notícias falsas e pelos algoritmos da Internet.
Os bolsonaristas mostraram o fenômeno do "pobre de direita", num contexto em que nem o "funk" era tão esquerdista assim.
E aí vemos toda uma "multidão" de bregas, incluindo os não-musicais Andressa Urach e Ronaldinho Gaúcho, manifestando apoio a Jair Bolsonaro.
E tem de todos os gêneros. A funqueira Tati Zaqui, o "forró eletrônico" de Frank Aguiar, a axé-music de Netinho, o "brega de raiz" de Amado Batista, o "sertanejo universitário" de Gusttavo Lima, o "funk melody" de Latino, o "sertanejo" de Zezé e o "pagode" do cantor Ferrugem.
O cantor Ferrugem não está nas fotos que aparecem nesta postagem, mas vale menção.
Toda a grande mídia que apostou no "popular demais", como Record, Band e SBT de maneira antecipada e, mais tarde, com a adesão da Globo, abriu caminho para Jair Bolsonaro.
A intelectualidade "bacana" fazia crer que o "popular demais" iria promover uma bolivarização definitiva do Brasil.
Pelo contrário: como o brega envolve a glamourização da pobreza e a expressão de valores retrógrados, como o machismo, ele fez a chamada "cultura popular" adotar um viés conservador.
Agora a intelectualidade "bacana", depois de quebrar a vidraça, correu de medo. A ilusão do "combate ao preconceito" pela bregalização só fez a sociedade ficar mais preconceituosa ainda.
A narrativa que combinava influências tendenciosamente tiradas de Marc Bloch e Tom Wolfe, usadas pela intelectualidade "bacana", para "combater o preconceito" contra os chamados "sucessos do povão", fizeram grandes estragos.
Toda uma mobilização de jornalistas, documentaristas, antropólogos e outros envolvidos que se engajavam pela bregalização do Brasil, entre 2002 e 2014, só fez retomar o conservadorismo social.
A bregalização foi uma forma de sabotar o projeto progressista do governo Lula, criando uma abordagem supostamente em prol da cultura popular da vida que soa como uma resposta tardia dos herdeiros do IPES-IBAD (atualmente ligados ao Instituto Millenium) ao CPC da UNE.
Dois terços da "santíssima trindade" da intelectualidade "bacana" foram fazer suas pregações na mídia de esquerda, tentando convertê-la para a breguice que sempre glamourizou a pobreza.
"São" Paulo e "São Pedro", isto é, Paulo César de Araújo e Pedro Alexandre Sanches foram da mídia venal para fazer seus "sermões" na mídia esquerdista. Só Hermano Vianna agia dentro do perímetro grão-midiático.
O discurso era sempre aquela choradeira pelo "fim do preconceito". Só que defendia formas de suposta expressão popular que se voltam para abordagens preconceituosas do povo pobre.
Era uma falácia que, na prática, definia como "qualidades positivas" aspectos negativos relacionados ao povo pobre: o mau gosto, a falta de educação, a licenciosidade moral, o grotesco e a sujeira.
Ou seja, o povo pobre era "melhor" naquilo que ele tem de pior. E tínhamos que aceitar esse discurso que defendia o "popular demais", ou brega-popularesco.
Eu, que não tenho muita visibilidade, usava o antigo blogue Mingau de Aço para combater essa narrativa. Foi uma trabalheira. Era quase consenso as esquerdas embarcarem no "canto de sereia" da bregalização.
O mito da "pobreza linda", o falso empoderamento das mulheres-objetos, a exaltação do comércio clandestino e informal, da pirataria, da prostituição, a glamourização da miséria e da ignorância populares.
Houve gente que dizia que pedir melhorias para o povo pobre, sobretudo culturais, era "higienismo", "elitismo" e até mesmo "autoritarismo".
Houve gente boa que, em relação ao "arrocha" (espécie de brega eletrônico, diferente do tecnobrega paraense), disse, sobre o povo pobre: "é o que eles sabem fazer".
Quanta visão elitista foi jogada por baixo de uma falsa postura esquerdista.
Um exército de intelectuais ligados à mídia venal. Alguns sem vínculo empregatício com a mídia hegemônica mas colaborando "por fora" pelos interesses do baronato midiático, até trabalhando na mídia de esquerda, como mercenários lutando na trincheira adversária.
Entre um falso e forçadamente entusiasmado elogio a Lula e Dilma, a intelectualidade "bacana" jogava-se um ponto de vista "cultural" digno de executivos da Rede Globo ou da Folha de São Paulo.
Entre um artigo tendenciosamente contra o direitista da moda, seja ele Aécio Neves, Sérgio Moro ou a Globo em geral, enfiava-se um apelo para empurrar "proibidões" do "funk" e "sertanejos" para o acolhimento esquerdista.
Hoje "proibidões" e "sertanejos" sinalizaram apoio a Jair Bolsonaro, de uma direita mais austera e radical que a do PSDB.
A glamourização da pobreza jogou os pobres para as seitas evangélicas, porque os pobres não gostam da situação inferiorizada em que vivem. A intelectualidade é que faz voyeurismo com a miséria popular.
Passados quatro anos depois que os "rolezinhos do funk" se "fundiram" com as passeatas contra os aumentos das passagens de ônibus (mas que faziam silêncio quanto à pintura padronizada que escondia empresas) e, em parte, resultaram nos coxinhas que pediram o golpe político de 2016.
O "pobre de direita" surgiu como o lado oculto da pregação pelo "popular demais".
Os "sertanejos" foram em bando apoiar Jair Bolsonaro. Até pouco tempo atrás, a intelectualidade "bacana" tentava arrancar das esquerdas um inexplicável apoio pelos breganejos.
Zezé di Camargo foi um dos símbolos desse "dirigismo cultural" imposto às esquerdas. Enquanto ele e seu irmão Luciano vendiam imagem de suposto humanismo na mídia esquerdista, nas redes sociais os fãs, fascistas, patrulhavam contra quem criticasse um único espirro de Zezé.
Hoje Zezé é um dos que estão felizes com a boa vantagem de Jair Bolsonaro, um mito fabricado pelas pesquisas compradas, pelas notícias falsas e pelos algoritmos da Internet.
Os bolsonaristas mostraram o fenômeno do "pobre de direita", num contexto em que nem o "funk" era tão esquerdista assim.
E aí vemos toda uma "multidão" de bregas, incluindo os não-musicais Andressa Urach e Ronaldinho Gaúcho, manifestando apoio a Jair Bolsonaro.
E tem de todos os gêneros. A funqueira Tati Zaqui, o "forró eletrônico" de Frank Aguiar, a axé-music de Netinho, o "brega de raiz" de Amado Batista, o "sertanejo universitário" de Gusttavo Lima, o "funk melody" de Latino, o "sertanejo" de Zezé e o "pagode" do cantor Ferrugem.
O cantor Ferrugem não está nas fotos que aparecem nesta postagem, mas vale menção.
Toda a grande mídia que apostou no "popular demais", como Record, Band e SBT de maneira antecipada e, mais tarde, com a adesão da Globo, abriu caminho para Jair Bolsonaro.
A intelectualidade "bacana" fazia crer que o "popular demais" iria promover uma bolivarização definitiva do Brasil.
Pelo contrário: como o brega envolve a glamourização da pobreza e a expressão de valores retrógrados, como o machismo, ele fez a chamada "cultura popular" adotar um viés conservador.
Agora a intelectualidade "bacana", depois de quebrar a vidraça, correu de medo. A ilusão do "combate ao preconceito" pela bregalização só fez a sociedade ficar mais preconceituosa ainda.
Comentários
Postar um comentário