"TUDO BEM, GAL COSTA, VOCÊ GRAVA COMIGO E EU LIBERO PARA VOCÊ SE APRESENTAR NO INTERIOR DO BRASIL".
Recentemente, a cantora Gal Costa gravou, em seu novo disco, uma canção com a estrela do chamado "feminejo", Marília Mendonça, na única canção comercial presente no álbum da veterana intérprete baiana.
E aí vem a mesma falácia: muitos acreditam ser mais um reconhecimento, pela MPB, dos ídolos radiofônicos da música brega-popularesca, conhecida como "popular demais".
De bônus, a mesma choradeira: o papo furado da "ruptura do preconceito" (o "popular demais", ao estereotipar as classes populares de forma caricata, é que é preconceituoso), na qual a "velha e elitista" MPB se rende aos ídolos lotadores de plateia que dominam a mídia.
Aí as pessoas imaginam que, na relação entre um ídolo brega-popularesco e o emepebista, o coitadinho que fica pedindo espaço é o primeiro.
Engano. Quem pede espaço e é o coitadinho é o artista de MPB, porque a MPB autêntica é que está perdendo espaço no Brasil.
O ídolo brega-popularesco tem todos os espaços para si. Domina em sua região de origem, comanda o mercado, está em evidência na mídia hegemônica.
O ídolo que lota plateias não pode ser o coitadinho, só porque uma parcela elitista supostamente o rejeita.
Ele é o rei da cocada preta, e ainda fica se achando porque lota plateias com facilidade, como se isso fosse um recorde olímpico.
Num contexto de ultracomercialismo, o dueto de Gal e Marília Mendonça - e pensar que a MPB autêntica já teve uma Marília, a Marília Medalha - é apenas uma tentativa da MPB sobreviver na selva do mercantilismo musical brega-popularesco.
E isso quando o cenário de "pagodão" da Bahia e o do "funk" no Rio de Janeiro estão em negócios (sim, leia-se reuniões de negócios, mercado etc) para retomar o sucesso dos tempos áureos.
Ou quando outro ídolo ultracomercial, Thiaguinho, manifestou "interesse" em gravar dueto com Djavan.
Duetos entre bregas e emepebistas, vale lembrar, são um grande negócio.
É um acordo comercial, no qual o ídolo brega-popularesco estabelece uma proposta para o emepebista que quer tocar nos mais distantes rincões de todo o Brasil.
O emepebista grava uma música com o ídolo brega-popularesco, que, representante dos interesses do empresariado de shows no interior do país, concede espaço para o emepebista se apresentar no interior.
O dueto de Tiê com Luan Santana, na qual a cantora insistiu ter sido "decisão totalmente dela", foi também outro acordo comercial nesse sentido.
Se não fosse esse dueto, as chances de Tiê cantar, por exemplo, no Mato Grosso do Sul seriam nulas.
Com o dueto, Tiê pode ser introduzida em algum festival de inverno ou um evento parecido nestes rincões.
O dueto de Gal Costa com Marília Mendonça é outro exemplo.
A excluída não é Marília Mendonça, rainha da cocada preta do entretenimento musical da mídia hegemônica. A excluída é Gal, que precisou desse dueto para poder tocar em regiões como o Norte do país.
Essa é a realidade que a intelectualidade "bacana" quer esconder, mesmo em suas pregações na mídia de esquerda.
Só que isso não é inclusão social, é mercado, é negócio, é comércio.
Recentemente, a cantora Gal Costa gravou, em seu novo disco, uma canção com a estrela do chamado "feminejo", Marília Mendonça, na única canção comercial presente no álbum da veterana intérprete baiana.
E aí vem a mesma falácia: muitos acreditam ser mais um reconhecimento, pela MPB, dos ídolos radiofônicos da música brega-popularesca, conhecida como "popular demais".
De bônus, a mesma choradeira: o papo furado da "ruptura do preconceito" (o "popular demais", ao estereotipar as classes populares de forma caricata, é que é preconceituoso), na qual a "velha e elitista" MPB se rende aos ídolos lotadores de plateia que dominam a mídia.
Aí as pessoas imaginam que, na relação entre um ídolo brega-popularesco e o emepebista, o coitadinho que fica pedindo espaço é o primeiro.
Engano. Quem pede espaço e é o coitadinho é o artista de MPB, porque a MPB autêntica é que está perdendo espaço no Brasil.
O ídolo brega-popularesco tem todos os espaços para si. Domina em sua região de origem, comanda o mercado, está em evidência na mídia hegemônica.
O ídolo que lota plateias não pode ser o coitadinho, só porque uma parcela elitista supostamente o rejeita.
Ele é o rei da cocada preta, e ainda fica se achando porque lota plateias com facilidade, como se isso fosse um recorde olímpico.
Num contexto de ultracomercialismo, o dueto de Gal e Marília Mendonça - e pensar que a MPB autêntica já teve uma Marília, a Marília Medalha - é apenas uma tentativa da MPB sobreviver na selva do mercantilismo musical brega-popularesco.
E isso quando o cenário de "pagodão" da Bahia e o do "funk" no Rio de Janeiro estão em negócios (sim, leia-se reuniões de negócios, mercado etc) para retomar o sucesso dos tempos áureos.
Ou quando outro ídolo ultracomercial, Thiaguinho, manifestou "interesse" em gravar dueto com Djavan.
Duetos entre bregas e emepebistas, vale lembrar, são um grande negócio.
É um acordo comercial, no qual o ídolo brega-popularesco estabelece uma proposta para o emepebista que quer tocar nos mais distantes rincões de todo o Brasil.
O emepebista grava uma música com o ídolo brega-popularesco, que, representante dos interesses do empresariado de shows no interior do país, concede espaço para o emepebista se apresentar no interior.
O dueto de Tiê com Luan Santana, na qual a cantora insistiu ter sido "decisão totalmente dela", foi também outro acordo comercial nesse sentido.
Se não fosse esse dueto, as chances de Tiê cantar, por exemplo, no Mato Grosso do Sul seriam nulas.
Com o dueto, Tiê pode ser introduzida em algum festival de inverno ou um evento parecido nestes rincões.
O dueto de Gal Costa com Marília Mendonça é outro exemplo.
A excluída não é Marília Mendonça, rainha da cocada preta do entretenimento musical da mídia hegemônica. A excluída é Gal, que precisou desse dueto para poder tocar em regiões como o Norte do país.
Essa é a realidade que a intelectualidade "bacana" quer esconder, mesmo em suas pregações na mídia de esquerda.
Só que isso não é inclusão social, é mercado, é negócio, é comércio.
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