Notícia do jornal O Fluminense, do qual se reproduz a foto acima, mostra pedestres enfrentando o perigo do tráfego de veículos para atravessar a Estrada Caetano Monteiro, em Niterói.
Nota-se que Niterói precisa agir em prol da mobilidade urbana, porque os problemas se amontoam.
Há o absurdo, que a mídia niteroiense reage em silêncio, da falta de avenida própria ligando Rio do Ouro a Várzea das Moças sem precisar usar o tráfego da rodovia RJ-106.
Terreno até existe, mas ele é vendido por um corretor de imóveis e há rumores até de que ele seria área de um futuro cemitério.
Um grande absurdo, porque o terreno daria para uma nova avenida, e isso, como diz a gíria baiana, "é para ontem".
Conforme vimos, só para sair de Várzea das Moças em direção a Tribobó, se percorre um bom trecho, quase a extensão da Praia de Icaraí, da RJ-106.
Esse trecho, no sentido Maricá, é percorrido só para pegar um retorno que vá para a rodovia no sentido Tribobó.
Como a cidade que se gaba de ser a quarta em Índice de Desenvolvimento Humano ignora um problema desses?
Na Estrada Caetano Monteiro, chegaram a haver estudos para implantação de passarela. Se bem que a visão acomodada dos niteroienses hoje pede apenas a instalação de sinalização.
Não. Isso complicaria a fluidez do trânsito, e faria tanto pedestres quanto motoristas perderem tempo.
Não é somente nesta estrada em que há necessidade de passarelas (lembrando que as mesmas devem ser construídas com abrigo em sua extensão, para proteção contra chuvas).
Há necessidade de passarelas na Av. Marquês do Paraná, sobretudo nas proximidades da Rua Marechal Deodoro ou no encontro com a Av. Roberto Silveira e Rua Miguel de Frias.
Há, também, necessidade de passarelas no entorno da Estrada Francisco da Cruz Nunes, entre Itaipu e a entrada de Cafubá.
É preciso ver a mobilidade urbana de maneira estratégica, porque recapear asfaltos é necessário, mas isso é apenas o começo de muita coisa.
Niterói precisa sair da zona de conforto e aceitar ouvir e conhecer seus próprios problemas.
Não é tapando olhos e ouvidos que se resolverão as coisas, pois os problemas nunca são resolvidos através do desprezo aos mesmos.
Ficamos esperando, portanto, que a Prefeitura de Niterói construa passarelas (com abrigos, vale lembrar) nos trechos acima apontados.
Mobilidade urbana é sair da zona de conforto. Senão não é mobilidade.
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