Pular para o conteúdo principal

NITERÓI; TERRENO DE RIO DO OURO-VÁRZEA DAS MOÇAS DEVERIA SER DESAPROPRIADO

ÁREA DESTACADA CORRESPONDE AO TERRENO DE RIO DO OURO-VÁRZEA DAS MOÇAS QUE DEVERIA SER DESAPROPRIADO PARA NOVA AVENIDA.

Vergonhosa a situação de mobilidade urbana em Niterói.

Parece que Niterói está acordando tão tarde para o tema que anda muito atrasada em atividades.

Depois de 75 anos satisfeita com a demorada travessia entre São Francisco e Região Oceânica via Largo da Batalha, criou-se o acesso Cafubá-Charitas com muitíssimo atraso.

Agora o papel de Cafubá-Charitas se transferiu para Rio do Ouro-Várzea das Moças, bairros vizinhos que não tem avenida própria de ligação.

De um lado, duas ruas carroçáveis: Senador Fernandes da Cunha e Jean Valenteau Mouliac, que mal dão para travessia de dois carros juntos.

De outro, a RJ-106, uma rodovia estadual que, em Niterói, é rebaixada a "avenida de bairro", comprometendo a função prioritária de ligação para a Região dos Lagos.

ÁREA QUE DEVERIA SER PARA UM MERGULHÃO LIGANDO O FIM DA RJ-108 (TREVO DE VÁRZEA DAS MOÇAS) PARA A PISTA DA RJ-106 NO SENTIDO TRIBOBÓ.

A sobreposição de funções na RJ-106, acumulando a função de rodovia estadual para muitos municípios - vários deles distantes de Niterói - e "avenida de bairro" para dois bairros vizinhos sem acesso próprio, é uma vergonha em termos de mobilidade urbana.

Essa sobreposição cria problemas no tráfego, principalmente quando carros cruzam ao se deslocarem para pistas diferentes.

Na saída de Várzea das Moças, há um longo caminho no sentido Maricá só para chegar ao retorno que vai para a pista no sentido Tribobó.

Isso gasta tempo e combustível e, pelo menos, duas linhas de ônibus gonçalenses, 04 Várzea das Moças / Marambaia e 22 Várzea das Moças / Fórum, e uma niteroiense da Viação Nossa Senhora do Amparo, 536R Várzea das Moças / Niterói, seguem esse suplício.

Pior é a 536R, que precisa fazer ainda um outro retorno para ir até a RJ-100, conhecida como Rodovia Pref. João Sampaio e antigamente era a Estrada Velha de Maricá.

É certo que, no caso da 536R, a tarifa é exorbitante - a NS Amparo cobra, das linhas para a Região Oceânica de Niterói, preço mais caro que as da Viação Pendotiba - , mas a longa travessia, com certeza, pesa no preço do combustível, em parte custeado pela passagem.

Dois problemas que poderiam ser resolvidos com boa vontade, investimentos e indenização aos donos das áreas a serem desapropriadas.

Um é a avenida de ligação entre Rio do Ouro, no fim da RJ-100, onde fica um muro e arbustos, e Várzea das Moças, na proximidade da entrada da Rua Jean Valenteau Mouliac.

É um terrenão que vi no Google Earth, que não pode ser usado para novos empreendimentos residenciais nem em cemitério, como circula um dos rumores no bairro.

A Prefeitura de Niterói, na pessoa do sr. Rodrigo Neves, deveria já pensar na desapropriação, com justa indenização ao respectivo dono de cada área, pois não sei se o terreno tem um único dono ou não.

Dá para construir uma boa avenida, possivelmente com várias curvas, não precisando de período de obras muito longo.

Com vontade política, a nova avenida Rio do Ouro-Várzea das Moças pode ser construída em dois anos.

A nova avenida é necessária, porque vai aliviar o trânsito da RJ-106, prejudicado pela sobreposição de funções, porque a função de "avenida de bairro" em Niterói prejudica o tráfego dos que precisam ir para a Região dos Lagos com menor tempo de demora possível.

EM NITERÓI, HÁ UM TERRENO BALDIO SERVINDO COMO PONTO DE ÔNIBUS (TRÊS ÔNIBUS ESTÃO PARADOS NA ÁREA QUE DEVERIA SER DA NOVA AVENIDA), MAS EM SALVADOR HÁ TERMINAIS DE ÔNIBUS COMO O DO ACESSO NORTE.

Há os mergulhões para serem construídos nas saídas de Várzea das Moças, Rio do Ouro (RJ-100) e Paciência para a pista da RJ-106 no sentido Tribobó, que também aliviarão o tráfego da rodovia.

No caso de Várzea das Moças, o novo mergulhão na saída do respectivo trevo irá trazer maior economia de combustível para quem sai do bairro em direção a Tribobó.

Há também outra necessidade: terminais de ônibus, a começar por Rio do Ouro.

O terminal de ônibus, do qual deveria mirar como exemplo o que acontece em Salvador, como o Terminal Acesso Norte, poderia só ter um tamanho mais modesto e compacto no Rio do Ouro.

Será no final da RJ-100, no atual terreno baldio que serve de ponto final nos ônibus.

O problema é que é preciso desapropriar imóveis (sempre com justa indenização aos proprietários), porque no final da RJ-100, há necessidade também de demolir estabelecimentos para liberar a pista para o mergulhão.

E uma parte do terreno baldio do Rio do Ouro envolve a área que deveria ser para a nova avenida.

Creio que tais coisas não são trabalhosas, cabendo um expediente mais ágil, espírito de negociação e melhor planejamento de aplicação de recursos para obras e indenizações.

Estas sugestões aqui escritas são muito importantes para a mobilidade urbana.

E, além disso, elas refletem a preocupação sobre o impacto que o crescimento da Região Oceânica, na qual um bairro inteiro já está se surgindo - Boa Vista - , vai causar em Várzea das Moças e Rio do Ouro.

Ficar do jeito que está será impossível e causará complicação no trânsito, piorando a sobreposição de funções da RJ-106 e o sacrifício para sair de Várzea das Moças para Niterói por meio da rodovia.

Esse é um assunto que deveria ser tratado com prioridade. Em todo caso, fica o recado dado nesta postagem.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FUNQUEIROS, POBRES?

As notícias recentes mostram o quanto vale o ditado "Quem nunca comeu doce, quando come se lambuza". Dois funqueiros, MC Daniel e MC Ryan, viraram notícias por conta de seus patrimônios de riqueza, contrariando a imagem de pobreza associada ao gênero brega-popularesco, tão alardeada pela intelectualidade "bacana". Mc Daniel recuperou um carrão Land Rover avaliado em nada menos que R$ 700 mil. É o terceiro assalto que o intérprete, conhecido como o Falcão do Funk, sofreu. O último assalto foi na Zona Sul do Rio de Janeiro. Antes de recuperar o carro, a recompensa prometida pelo funqueiro foi oferecida. Já em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, outro funqueiro, MC Ryan, teve seu condomínio de luxo observado por uma quadrilha de ladrões que queriam assaltar o famoso. Com isso, Ryan decidiu contratar seguranças armados para escoltá-lo. Não bastasse o fato de, na prática, o DJ Marlboro e o Rômulo Costa - que armou a festa "quinta coluna" que anestesiou e en

FIQUEMOS ESPERTOS!!!!

PESSOAS RICAS FANTASIADAS DE "GENTE SIMPLES". O momento atual é de muita cautela. Passamos pelo confuso cenário das "jornadas de junho", pela farsa punitivista da Operação Lava Jato, pelo golpe contra Dilma Rousseff, pelos retrocessos de Temer, pelo fascismo circense de Bolsonaro. Não vai ser agora que iremos atingir o paraíso com Lula nem iremos atingir o Primeiro Mundo em breve. Vamos combinar que o tempo atual nem é tão humanitário assim. Quem obteve o protagonismo é uma elite fantasiada de gente simples, mas é descendente das velhas elites da Casa Grande, dos velhos bandeirantes, dos velhos senhores de engenhos e das velhas oligarquias latifundiárias e empresariais. Só porque os tataranetos dos velhos exterminadores de índios e exploradores do trabalho escravo aceitam tomar pinga em birosca da Zona Norte não significa que nossas elites se despiram do seu elitismo e passaram a ser "povo" se misturando à multidão. Tudo isso é uma camuflagem para esconder

DEMOCRACIA OU LULOCRACIA?

  TUDO É FESTA - ANIMAÇÃO DE LULA ESTÁ EM DESACORDO COM A SOBRIEDADE COM QUE SE DEVE TER NA VERDADEIRA RECONSTRUÇÃO DO BRASIL. AQUI, O PRESIDENTE DURANTE EVENTO DA VOLKSWAGEN DO BRASIL. O que poucos conseguem entender é que, para reconstruir o Brasil, não há clima de festa. Mesmo quando, na Blumenau devastada pela trágica enchente de 1983, se realizou a primeira Oktoberfest, a festa era um meio de atrair recursos para a reconstrução da cidade catarinense. Imagine uma cirurgia cujo paciente é um doente em estado terminal. A equipe de cirurgiões não iria fazer clima de festa, ainda mais antes de realizar a operação. Mas o que se vê no Brasil é uma situação muito bizarra, que não dá para ser entendida na forma fácil e simplória das narrativas dominantes nas redes sociais. Tudo é festa neste lulismo espetaculoso que vemos. Durante evento ocorrido ontem, na sede da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo, Lula, já longe do antigo líder sindical de outros tempos, mais parecia um showm

VIRALATISMO MUSICAL BRASILEIRO

  "DIZ QUE É VERDADE, QUE TEM SAUDADE .." O viralatismo cultural brasileiro não se limita ao bolsonarismo e ao lavajatismo. As guerras culturais não se limitam às propagandas ditatoriais ou de movimentos fascistas. Pensar o viralatismo cultural, ou culturalismo vira-lata, dessa maneira é ver a realidade de maneira limitada, simplista e com antolhos. O que não foi a campanha do suposto "combate ao preconceito", da "santíssima trindade" pró-brega Paulo César de Araújo, Pedro Alexandre Sanches e Hermano Vianna senão a guerra cultural contra a emancipação real do povo pobre? Sanches, o homem da Folha de São Paulo, invadindo a imprensa de esquerda para dizer que a pobreza é "linda" e que a precarização cultural é o máximo". Viralatismo cultural não é só Bolsonaro, Moro, Trump. É"médium de peruca", é Michael Sullivan, é o É O Tchan, é achar que "Evidências" com Chitãozinho e Xororó é um clássico, é subcelebridade se pavoneando

FOMOS TAPEADOS!!!!

Durante cerca de duas décadas, fomos bombardeados pelo discurso do tal "combate ao preconceito", cujo repertório intelectual já foi separado no volume Essa Elite Sem Preconceitos (Mas Muito Preconceituosa)... , para o pessoal conhecer pagando menos pelo livro. Essa retórica chorosa, que alternava entre o vitimismo e a arrogância de uma elite de intelectuais "bacanas", criou uma narrativa em que os fenômenos popularescos, em boa parte montados pela ditadura militar, eram a "verdadeira cultura popular". Vieram declarações de profunda falsidade, mas com um apelo de convencimento perigosamente eficaz: termos como "MPB com P maiúsculo", "cultura das periferias", "expressão cultural do povo pobre", "expressão da dor e dos desejos da população pobre", "a cultura popular sem corantes ou aromatizantes" vieram para convencer a opinião pública de que o caminho da cultura popular era através da bregalização, partindo d

ALEGRIA TÓXICA DO É O TCHAN É CONSTRANGEDORA

O saudoso Arnaldo Jabor, cineasta, jornalista e um dos fundadores do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC - UNE), era um dos críticos da deterioração da cultura popular nos últimos tempos. Ele acompanhava a lucidez de tanta gente, como Ruy Castro e o também saudoso Mauro Dias que falava do "massacre cultural" da música popularesca. Grandes tempos e últimos em que se destacava um pensamento crítico que, infelizmente, foi deixado para trás por uma geração de intelectuais tucanos que, usando a desculpa do "combate ao preconceito" para defender a deterioração da cultura popular.  O pretenso motivo era promover um "reconhecimento de grande valor" dos sucessos popularescos, com todo aquele papo furado de representar o "espírito de uma época" e "expressar desejos, hábitos e crenças de um povo". Para defender a música popularesca, no fundo visando interesses empresariais e políticos em jogo, vale até apelar para a fal

PUBLICADO 'ESSA ELITE SEM PRECONCEITOS (MAS MUITO PRECONCEITUOSA)'

Está disponível na Amazon o livro Essa Elite Sem Preconceitos (Mas Muito Preconceituosa)... , uma espécie de "versão de bolso" do livro Esses Intelectuais Pertinentes... , na verdade quase isso. Sem substituir o livro de cerca  de 300 páginas e análises aprofundadas sobre a cultura popularesca e outros problemas envolvendo a cultura do povo pobre, este livro reúne os capítulos dedicados à intelectualidade pró-brega e textos escritos após o fechamento deste livro. Portanto, os dois livros têm suas importâncias específicas, um não substitui o outro, podendo um deles ser uma opção de menor custo, por ter 134 páginas, que é o caso da obra aqui divulgada. É uma forma do público conhecer os intelectuais que se engajaram na degradação cultural brasileira, com um etnocentrismo mal disfarçado de intelectuais burgueses que se proclamavam "desprovidos de qualquer tipo de preconceito". Por trás dessa visão "sem preconceitos", sempre houve na verdade preconceitos de cl

OS CRITÉRIOS VICIADOS DE EMPREGO

De que adianta aumentar as vagas de emprego se os critérios de admissão do mercado de trabalho estão viciados? De que adianta haver mais empregos se as ofertas de emprego não acompanham critérios democráticos? A ditadura militar completou 60 anos de surgimento. O governo Ernesto Geisel, que consolidou o Brasil sonhado pelas elites reacionárias, faz 50 anos de seu início. Até parece que continuamos em 1974, porque nosso Brasil, com seus valores caquéticos e ultrapassados, fede a mofo tóxico misturado com feses de um mês e cadáveres em decomposição.  E ainda muitos se arrogam de ver o Brasil como o país do futuro com passaporte certeiro para ingressar, já em 2026, no banquete das nações desenvolvidas. E isso com filósofos suicidas, agricultores famintos e sobrinhos de "médiuns de peruca" desaparecendo debaixo dos arquivos. Nossos conceitos são velhos. A cultura, cafona e oligárquica, só defendida como "vanguarda" por um bando de intelectuais burgueses, entre jornalist

LULA, O MAIOR PELEGO BRASILEIRO

  POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, LULA DE 2022 ESTÁ MAIS PRÓXIMO DE FERNANDO COLLOR O QUE DO LULA DE 1989. A recente notícia de que o governo Lula decidiu cortar verbas para bolsas de estudo, educação básica e Farmácia Popular faz lembrar o governo Collor em 1991, que estava cortando salários e ameaçando privatizar universidades públicas. Lula, que permitiu privatização de estradas no Paraná, virou um grande pelego político. O Lula de 2022 está mais próximo do Fernando Collor de 1989 do que o próprio Lula naquela época. O Lula de hoje é espetaculoso, demagógico, midiático, marqueteiro e agrada com mais facilidade as elites do poder econômico. Sem falar que o atual presidente brasileiro está mais próximo de um político neoliberal do que um líder realmente popular. Eu estava conversando com um corretor colega de equipe, no meu recém-encerrado estágio de corretagem. Ele é bolsonarista, posição que não compartilho, vale lembrar. Ele havia sido petista na juventude, mas quando decidiu votar em Lul

MAIS DECEPÇÃO DO GOVERNO LULA

Governo Lula continua decepcionando. Três casos mostram isso e se tratam de fatos, não mentiras plantadas por bolsonaristas ou lavajatistas. E algo bastante vergonhoso, porque se trata de frustrações dos movimentos sociais com a indiferença do Governo Federal às suas necessidades e reivindicações. Além de ter havido um quarto caso, o dos protestos de professores contra os cortes de verbas para a Educação, descrito aqui em postagem anterior, o governo Lula enfrenta protestos dos movimentos indígenas, da comunidade científica e dos trabalhadores sem terra, lembrando que o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) já manifestou insatisfação com o governo e afirmou que iria protestar contra ele. O presidente Lula, ao lado da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, assinou, no último dia 18, a demarcação de apenas duas terras para se destinarem a ser reservas indígenas, quando era prometido um total de seis. Aldeia Velha (BA) e Cacique Fontoura (MT) foram beneficiadas pelo document