UM "MÉDIUM" MUITO ADORADO GANHOU STATUS DE "FILANTROPO" ATRAVÉS DAS MESMAS MANOBRAS PUBLICITÁRIAS FEITAS HOJE PARA PROMOVER LUCIANO HUCK.
O jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, deixou a senha, ao citar a manobra da Folha de São Paulo em atribuir ao petista Fernando Haddad uma posição que não era deste.
Ao comparar um suposto jornalismo em que o jornalista "pensa" pelo noticiado, ele comparou com um suposto médium do Espiritismo brasileiro, festejado ídolo religioso por estas plagas.
Este ídolo religioso, ingenuamente cortejado por setores das esquerdas, apesar de seu notório reacionarismo, foi o maior traidor do legado espírita originalmente concebido na França.
Isso é fato. Os livros desse senhor, falecido após o fim de uma Copa do Mundo marcada por muita roubada (nesta época a Seleção Brasileira era a mais fraca e só a sorte fez o desastroso time da época participar desse evento manobrado pela FIFA/CBF), contrariam os ensinamentos espíritas originais.
Insere fantasias materiais, como uma "cidade espiritual" que mais parece um condomínio de luxo anunciado em classificados, e que serve como desculpa para certas pessoas aceitarem as desgraças em que vivem.
O tal senhor é pioneiro nas obras fake e nos anos 1930 criou problemas e confusões graves com os mais conceituados meios literários.
Mas ele teve um protetor, presidente de uma federação religiosa, que deixou como legado um lobby que vale até hoje, mesmo postumamente, ao ídolo religioso.
Ele tornou-se um "símbolo máximo de amor e dedicação ao próximo" graças a uma estratégia bem construída de publicidade.
É a mesma estratégia que se observa hoje, com as devidas diferenças de contexto, o apresentador de TV Luciano Huck.
Uma "caridade" espetacularizada, por vezes sensacionalista, por outras dramatúrgica, uma suposta filantropia na qual se promove mais a adoração do pretenso benfeitor.
Os resultados são apenas "um detalhe", os necessitados são apenas o "gado" desse "presépio" de adoração e pretenso humanismo.
Privatizou-se as virtudes humanas e a ideia de amor: tudo virou uma franquia privada cujo proprietário é o tal "médium" que não foi tão bondoso assim.
Sua "maior caridade" foi uma série de sessões "mediúnicas" cujos efeitos psicologicos, catárticos, se comparam às orgias de sexo, drogas e dinheiro, só que sem sexo, drogas e dinheiro, o que não impede que a morbidez emocional fosse a mesma.
O "médium" fez juízos de valor contra pobres - no caso, acusar a gente humilde, que foi a um circo de Niterói destruído por incêndio criminoso, de terem sido romanos sanguinários em distante encarnação - e esculhambou os movimentos sociais em programa de TV de grande audiência.
Um vlogueiro de esquerda, respeitável e até brilhante em muitos momentos, tentou definir esse "médium" como "comunista", se esquecendo do anti-comunismo convicto dele.
Essa atribuição é tão ridícula quando a recente hipótese da URSAL que virou piada esta semana, nas declarações do Cabo Daciolo, no debate de presidenciáveis da Band.
A URSAL se remete a uma hipotética União das Repúblicas Socialistas da América Latina, que foi satirizada na Internet tendo uma silhueta do mapa da América Latina de cabeça para baixo e um ursinho à maneira do desenho Ursinhos Carinhosos como mascote.
Só por uma nunca bem explicada "caridade" de um suposto "médium", que nunca trouxe resultados sequer para o Triângulo Mineiro, onde ele encerrou seus dias, isso não quer dizer que se use o achismo para definir o pretenso filantropo como um "esquerdista".
Suas obras, que levam o nome ora de literatos notáveis, ora de anônimos ou semi-anônimos - descontando um padre jesuíta e um suposto médico que se revela fictício - , são abertamente fake.
Daí a proximidade do que Fernando Brito comparou, no caso da Folha de São Paulo com a produção de factoides, que, aliás, no submundo da Internet alimenta as páginas de notícias falsas, as fake news.
Outra comparação na Internet foi durante a Central das Eleições, da Globo News.
Miriam Leitão, ao tentar contestar um comentário de Jair Bolsonaro de que a Globo apoiou a ditadura, leu, em tom hesitante, um editorial de O Globo a respeito de sua postura "autocrítica" em relação à ditadura militar.
Ela também foi comparada ao "médium", que, por sinal, é (mesmo postumamente) um protegido das Organizações Globo, que investiu até em filmes relacionados a ele.
Isso foi diferente do que a atribuição a Fernando Haddad de uma ideia que ele não tem, mas tem o seu nível tendencioso de definir uma postura.
E aí vemos a relação disso tudo.
A mídia venal produzindo factoides em detrimento da informação, produzindo, não raro, suas notícias falsas.
E o "médium" que é tão famoso por sua psicografia, mas muitos se esquecem que ele foi um pioneiro das obras fake, sobretudo um Humberto de Campos totalmente diferente do que havia sido em vida, do qual se inclui um constrangedor livro-patriotada que supõe que o Brasil vai "liderar o mundo".
Em tempos de fake news, as psicografias fake, feitas porque no Brasil não se tem concentração sequer para ouvir música, quanto mais para falar com os mortos, também deveriam ser combatidas.
Devemos parar de ver a realidade como se fosse contos de fadas, sob o risco delas se transformarem em estórias da Carochinha.
O drama em que vivemos pode ter surgido depois que o Brasil resolveu endeusar esse arrivista que, de produtor de pastiches literários (com ajuda de terceiros, é bom lembrar), se transformou em "filantropo de novela".
Privatizando as virtudes humanas em torno de sua figura não tão bondosa assim, cometemos o erro de personificar o "amor" numa só pessoa, enquanto o ódio tornou-se patrimônio público. Erros do deslumbramento religioso a que muitos insistem em se apegar.
O jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, deixou a senha, ao citar a manobra da Folha de São Paulo em atribuir ao petista Fernando Haddad uma posição que não era deste.
Ao comparar um suposto jornalismo em que o jornalista "pensa" pelo noticiado, ele comparou com um suposto médium do Espiritismo brasileiro, festejado ídolo religioso por estas plagas.
Este ídolo religioso, ingenuamente cortejado por setores das esquerdas, apesar de seu notório reacionarismo, foi o maior traidor do legado espírita originalmente concebido na França.
Isso é fato. Os livros desse senhor, falecido após o fim de uma Copa do Mundo marcada por muita roubada (nesta época a Seleção Brasileira era a mais fraca e só a sorte fez o desastroso time da época participar desse evento manobrado pela FIFA/CBF), contrariam os ensinamentos espíritas originais.
Insere fantasias materiais, como uma "cidade espiritual" que mais parece um condomínio de luxo anunciado em classificados, e que serve como desculpa para certas pessoas aceitarem as desgraças em que vivem.
O tal senhor é pioneiro nas obras fake e nos anos 1930 criou problemas e confusões graves com os mais conceituados meios literários.
Mas ele teve um protetor, presidente de uma federação religiosa, que deixou como legado um lobby que vale até hoje, mesmo postumamente, ao ídolo religioso.
Ele tornou-se um "símbolo máximo de amor e dedicação ao próximo" graças a uma estratégia bem construída de publicidade.
É a mesma estratégia que se observa hoje, com as devidas diferenças de contexto, o apresentador de TV Luciano Huck.
Uma "caridade" espetacularizada, por vezes sensacionalista, por outras dramatúrgica, uma suposta filantropia na qual se promove mais a adoração do pretenso benfeitor.
Os resultados são apenas "um detalhe", os necessitados são apenas o "gado" desse "presépio" de adoração e pretenso humanismo.
Privatizou-se as virtudes humanas e a ideia de amor: tudo virou uma franquia privada cujo proprietário é o tal "médium" que não foi tão bondoso assim.
Sua "maior caridade" foi uma série de sessões "mediúnicas" cujos efeitos psicologicos, catárticos, se comparam às orgias de sexo, drogas e dinheiro, só que sem sexo, drogas e dinheiro, o que não impede que a morbidez emocional fosse a mesma.
O "médium" fez juízos de valor contra pobres - no caso, acusar a gente humilde, que foi a um circo de Niterói destruído por incêndio criminoso, de terem sido romanos sanguinários em distante encarnação - e esculhambou os movimentos sociais em programa de TV de grande audiência.
Um vlogueiro de esquerda, respeitável e até brilhante em muitos momentos, tentou definir esse "médium" como "comunista", se esquecendo do anti-comunismo convicto dele.
Essa atribuição é tão ridícula quando a recente hipótese da URSAL que virou piada esta semana, nas declarações do Cabo Daciolo, no debate de presidenciáveis da Band.
A URSAL se remete a uma hipotética União das Repúblicas Socialistas da América Latina, que foi satirizada na Internet tendo uma silhueta do mapa da América Latina de cabeça para baixo e um ursinho à maneira do desenho Ursinhos Carinhosos como mascote.
Só por uma nunca bem explicada "caridade" de um suposto "médium", que nunca trouxe resultados sequer para o Triângulo Mineiro, onde ele encerrou seus dias, isso não quer dizer que se use o achismo para definir o pretenso filantropo como um "esquerdista".
Suas obras, que levam o nome ora de literatos notáveis, ora de anônimos ou semi-anônimos - descontando um padre jesuíta e um suposto médico que se revela fictício - , são abertamente fake.
Daí a proximidade do que Fernando Brito comparou, no caso da Folha de São Paulo com a produção de factoides, que, aliás, no submundo da Internet alimenta as páginas de notícias falsas, as fake news.
Outra comparação na Internet foi durante a Central das Eleições, da Globo News.
Miriam Leitão, ao tentar contestar um comentário de Jair Bolsonaro de que a Globo apoiou a ditadura, leu, em tom hesitante, um editorial de O Globo a respeito de sua postura "autocrítica" em relação à ditadura militar.
Ela também foi comparada ao "médium", que, por sinal, é (mesmo postumamente) um protegido das Organizações Globo, que investiu até em filmes relacionados a ele.
Isso foi diferente do que a atribuição a Fernando Haddad de uma ideia que ele não tem, mas tem o seu nível tendencioso de definir uma postura.
E aí vemos a relação disso tudo.
A mídia venal produzindo factoides em detrimento da informação, produzindo, não raro, suas notícias falsas.
E o "médium" que é tão famoso por sua psicografia, mas muitos se esquecem que ele foi um pioneiro das obras fake, sobretudo um Humberto de Campos totalmente diferente do que havia sido em vida, do qual se inclui um constrangedor livro-patriotada que supõe que o Brasil vai "liderar o mundo".
Em tempos de fake news, as psicografias fake, feitas porque no Brasil não se tem concentração sequer para ouvir música, quanto mais para falar com os mortos, também deveriam ser combatidas.
Devemos parar de ver a realidade como se fosse contos de fadas, sob o risco delas se transformarem em estórias da Carochinha.
O drama em que vivemos pode ter surgido depois que o Brasil resolveu endeusar esse arrivista que, de produtor de pastiches literários (com ajuda de terceiros, é bom lembrar), se transformou em "filantropo de novela".
Privatizando as virtudes humanas em torno de sua figura não tão bondosa assim, cometemos o erro de personificar o "amor" numa só pessoa, enquanto o ódio tornou-se patrimônio público. Erros do deslumbramento religioso a que muitos insistem em se apegar.
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