
A reunião de Lula com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, é comemorada pelos lulistas como uma aliança estratégica para a construção do chamado Sul Global, o bloco de países emergentes que Lula quer ver hegemônico na geopolítica mundial. Mas soa perigoso no que se refere ao estímulo ao discurso antipetista que continua firme e forte no lado sombrio das redes sociais.
Com os relatorismos que mostram supostas façanhas da série “Efeito Lula”, medidas tão fantásticas, imediatas e fáceis que não é difícil desconfiar, Lula voltou a pensar na política externa e na obsessão em criar um Imperialismo tropical, supostamente para garantir poder aos povos excluídos do planeta.
Lula andou dando corda para o antipetismo desde que estourou o escândalo das fraudes do INSS, que, para piorar, tirou o PDT da base aliada do governo. Isso porque a corrupção no INSS é uma das raízes do antipetismo, que são três: o desvio dos impostos para enriquecer políticos e dirigentes estatais, os incentivos culturais para famosos ricos e a compra de votos para aprovação das propostas de Lula, agora rebatizadas pelo nome “técnico” de “verbas para emendas parlamentares”.
Para agravar as coisas, Lula afirmou que não tem prazo para a devolução do dinheiro das fraudes do INSS para os pensionistas. O presidente brasileiro acusa o antecessor Jair Bolsonaro, mas isso nem de longe convence os cidadãos comuns, que acham que Lula está reagindo com descaso à necessidade de devolver esse dinheiro.
Ou seja, o discurso da corrupção de Lula tem esses três embasamentos, e o presidente se recusa a dar explicações ou adotar uma posição autocrítica, preferindo tão somente desqualificar seus acusadores. Isso cria um dado sombrio e ameaçador de Lula, e as invertidas de Gleisi Hoffmann e Sidônio Palmeira só serão meros desperdícios de palavras, desculpas jogadas na lata do lixo.
A aliança de Lula com o presidente venezuelano Nicolás Maduro já desenvolveu um ódio dos antipetistas, imagine um político sem carisma com fama de tirano e assassino, como Putin, acusado de mandar matar opositores por envenenamento. Isso sem falar do apetite de Putin em bombardear a Ucrânia que é similar ao de Benjamin Netanyahu em bombardear as comunidades palestinas, levando banho de sangue a inocentes ucranianos, como no caso do primeiro-ministro israelense contra o povo palestino.
O “lado certo da História”, junto ao lançamento de um risível mapa mundi de cabeça para baixo pelo IBGE faz com que o plano de botar o Brasil no protagonismo mundial, atinge níveis patéticos e dignos de gargalhadas de tão ridículos que são.
O antipetismo deita e rola com a aliança de Lula com Putin, e muita gente cria narrativas que causam o choque entre o discurso da "democracia" de Lula e um governante russo que é muito mal visto pelas pessoas comuns. E Putin, mesmo dentro das esquerdas, não é considerado um líder carismático, coisa que, em parte, Nicolás Maduro, mesmo repudiado por setores esquerdistas, consegue ter.
A grandiloquência de Lula revolta aqueles que apenas precisam de um mínimo de dignidade e o essencial de qualidade de vida para viver. Lula se ocupa em obsessões supérfluas de pretensa grandeza, algo que poderia ter sido mais espontâneo nos mandatos anteriores e hoje soa calculado e pretensioso demais, sem trazer benefícios concretos, piis uma coisa é o relatório fantasioso dos “recordes históricos” do “Efeito Lula”, outra coisa é ver se esses relatos fantásticos refletem no cotidiano real da população. E, infelizmente, isso não está refletindo na realidade.
Relatórios, em si, não enchem a barriga nem matam a fome de pessoa alguma.
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