
A BURGUESIA BRONZEADA, QUE BRINCA DE PRIMEIRO MUNDO, QUER SER TURISTA DENTRO DO PRÓPRIO BRASIL.
Desafiando a lógica e a realidade dos fatos, o governo Lula anuncia supostas realizações que soam fáceis, imediatas e fabulosas demais. Tudo parecendo fácil, como se viesse da noite para o dia através da varinha de condão de uma fada-madrinha.
Devemos desconfiar disso porque, além de tudo parecer extremamente mágico, isso não se reflete na realidade dos fatos. Só os “ativistas de sofá” e os negacionistas factuais que controlam as narrativas nas redes sociais é que acham tudo verídico.
Lembremos que Lula, com seu poder centralizado, estava ausente em muitas ocasiões, preocupado com a política externa, o que tornaria difícil a mágica dos “recordes históricos”, pois o líder não estava presente para dar suas diretrizes para um ministério que soa disperso e distante. Para que os supostos recordes ocorressem, a equipe ministerial teria que estar coesa, interligada e autônoma, decidindo de forma independente da presença e dos desígnios do presidente brasileiro, ainda que seguissem o roteiro programático do governo.
Agora vemos os “recordes” sendo anunciados fora da bolha lulista: UOL, da Folha de São Paulo, e G1, das Organizações Globo, estão entre os veículos a divulgar as supostas façanhas do governo Lula.
Mas agora vemos que até a Organização das Nações Unidas está divulgando mais uma suposta façanha, a subida do Brasil em cinco pontos entre as nações com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). É claro que a façanha nem é tão fantástica assim, indo apenas do 89° para o 84° lugar do ranquim. Mas mesmo assim é suficiente para os lulistas festejarem com muita euforia, como se estivessem perto de alcançar o paraíso.
Neste momento em que uma elite privilegiada e seletiva está sedenta de protagonismo mundial e que aposta no presidente Lula para levar o Brasil para o Primeiro Mundo, vemos esse aspecto surreal que inclui também a megalomania dessa elite do atraso repaginada, agora convertida numa pretensa “classe mais legal do planeta”.
Essa elite, que vai do “pobre de novela” aos famosos muito ricos, passando pela pequena burguesia e até pela alta burguesia descolada, quer ser turista dentro das regiões onde moram, mas também precisam se pavonear pelo resto do planeta, como uma classe de “predestinados”. Ou seja, sempre consumindo suas emoções baratas aqui e ali.
Não se trata do povo brasileiro na sua essência assim como não se trata da espécie humana em dimensões planetárias, mas tão somente de uma pequena classe de privilegiados que vive a ânsia de curtir sua visibilidade social e suas benesses na condição de pretensos bem-aventurados.
Portanto, essa classe, que sempre brincou de ser Primeiro Mundo, é que quer ter o protagonismo pleno, ocupada com seus privilégios e só preocupada com o relativo bem-estar dos pobres nos limites de evitar a revolta que faz os miseráveis assaltarem a elite superbacana.
Esse pessoal é que vai para a cama tranquilo diante dos contos de fadas do “Efeito Lula”, que dominam as narrativas oficiais nas redes sociais e até na mídia empresarial. Pouco importa se, fora da bolha lulista, esses dados não conferem, pois o que importa é o prestígio de quem diz e de quem espalha as notícias fabulosas. Os fatos são só um detalhe, por sinal meramente desprezível, vivido por quem está fora das festas do Lulismo 3.0 e seu Clube de Assinantes VIP.
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