O título faz ficar revoltado o negacionista factual, voando em nuvens de sonhos do lulismo nas redes sociais. Mas a verdade é que a aparente recuperação da popularidade de Lula foi somente uma jogada de marketing, sem reflexão na realidade concreta do povo brasileiro. A suposta pesquisa Atlas-Bloomberg apontou um crescimento para 49,7%, considerado a "melhor" aprovação do presidente desde outubro de 2024.
Vamos questionar as coisas, saindo da euforia do pesquisismo. Em primeiro lugar, devemos pensar nas supostas pesquisas de opinião, levantamentos que parecem objetivos e técnicos e que juram trazer um recorte preciso da sociedade, com pequenas margens de erros. Alguém de fato foi entrevistado por alguma dessas pesquisas?
Em segundo lugar, a motivação soa superficial, mais voltada ao espetáculo do que ao realismo. A recuperação da popularidade soa uma farsa por apenas envolver a bolha lulista, o “Clube de Assinantes VIP do Lulismo 3.0” que se acha “mais povo que o povo”.
A bravataria contra Trump tem até uma ação concreta, a de negociação para exportações de produtos diversos para outros países. Mas, fora esse ato - que não é excepcional, pois até a ditadura militar iria fazer negócios semelhantes - , Lula só consegue produzir sensacionalismo em torno de sua imagem, empolgando seu seleto fã-clube.
Para o povo pobre da vida real, isso não tem a menor importância. Inútil os lulistas dizerem que os efeitos virão a médio prazo. O povo pobre tem pressa e, decepcionado profundamente com Lula, dificilmente irá recuperar a confiança. Por isso é que a hipotética retomada de popularidade soa fake, mais um pesquisismo automático que só serve para movimentar a máquina publicitária da reeleição.
Enquanto isso, os alimentos continuam caros. A precarização do trabalho continua, enquanto Lula apela para a procrastinação do fim da escala 6x1. A degradação da cultura popular segue forte, alimentando as fortunas exorbitantes do empresariado do entretenimento.
Lembremos que as narrativas oficiais do lulismo são forjadas pela burguesia ilustrada, sobretudo a base alta da elite do bom atraso. Gente bem de vida e de bem com a vida opulenta, mas que finge ser pobre para lacrar geral na Internet.
Dessa forma, temos o governo Lula 3.0 como um governo de contos de fadas, e nada como um faz-de-conta para fazer crer que Lula não se tornou o pelego querido da Faria Lima. Brigar com os fatos é um dos esportes preferidos da "boa" sociedade. E, no lulismo atual, a ideia é fazer o Brasil um País das Maravilhas, um parque de diversões no qual o que vale é o sonho, não a realidade.
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