
Com o anúncio recente do ator estadunidense Michael Douglas de que iria se aposentar, com quase 81 anos de idade, eu fico imaginando se não seria a hora do presidente Lula também parar. O marido de Catherine Zeta-Jones ainda está na sua boa saúde física e mental, melhor do que Lula, mas o astro do filme Dia de Fúria (Falling Down), de 1993, decidiu que só vai voltar a atuar se o roteiro do filme valer realmente a pena
Lula, que apresenta sérios problemas de saúde, com suspeitas de estar enfrentando um câncer, enlouqueceu de vez. Sério. Persegue a consagração pessoal e pensa que o mundo é uma pequena esfera a seus pés. Seu governo parece brincadeira de criança e Lula dá sinais de senilidade quando, ao opinar, comete gafes grotescas. No fim da vida, o empresário e animador Sílvio Santos também cometeu gafes similares. Lula ao menos deveria saber a hora de parar.
O atual mandato de Lula foi uma decepção sem fim. Lula apenas vive à sombra dos mandatos anteriores e transforma o seu atual num trampolim para o quarto, que ele, de forma delirante, julga como “uma certeza”, na sua “democracia de um homem só”. Não houve uma realização ao mesmo tempo palpável e significativa que fizesse alguma diferença no atual governo, que maos parece uma mistura de Sarney com FHC.
Sabemos que, no jogo político, não existem certezas. Tarcísio de Freitas, o governador de São Paulo, já começa a aparecer como uma novidade política e, embora flertasse com o bolsonarismo, ele tende a se desvincular dele, assim que Jair Bolsonaro se desgastar de vez e seu espólio for representado, na campanha de 2026, pela esposa Michelle Bolsonaro.
Lula é um político antigo e com vários cargos políticos no currículo. Não pode jamais ser tratado como o “novo” na política. E a arrogância de seus seguidores, que já demonstraram uma agressividade de valentões de escola ao humilharem concorrentes de Lula, é um fenômeno preocupante.
Essa arrogância e agressividade foi justamente um dos fatores que me fizeram desistir de Lula, para o qual cheguei a cogitar meu voto até o ano de 2020. Não admito que, numa democracia o candidato favorito humilhe os concorrentes e se ache o único viável.
Esse papo de atacar os super-ricos, discurso que Lula está fazendo, mais parece uma briguinha de corintianos e palmeirenses, uma rinha sem sentido. Se Lula estivesse realmente preocupado em taxar os super-ricos, teria feito já em 2023, com alíquotas mais pesadas, mas tudo não foi mais do que bravatas. E o vice, Geraldo Alckmin, apenas finge, de forma protocolar, que é a favor dessa taxação, quando, na verdade, ele é radicalmente contra.
Há uma parcela de super-ricos “legais” aos quais a sociedade “democrática”, inclusive a lulista, sustenta com muito prazer, como os empresários do entretenimento, os fabricantes de cervejas e cigarros e os dirigentes esportivos.
Se os super-ricos financiam a diversão e o hedonismo da rapaziada, tudo bem, pois eles podem até receber isenção de impostos ou mesmo subsídios do Governo Federal, ao passo que a infantilizada juventude identitária aceita, em contrapartida, até a precarização do trabalho, resignada com a escala 6x1, e da cultura, ouvindo o som brega-popularesco, que é de péssima qualidade.
Lula fala demais, atua mais no âmbito da oratória e da opinião, junto a artifícios que simulam realizações acima da realidade. Tudo na ciranda das palavras, dos números, das imagens e dos símbolos. Tudo mais uma questão de uma linguagem envolvente do que de qualquer ação, pois Lula fez muito pouco em seu governo, o que mais fez foi falar e fazer falar.
Por isso não se vê em Lula o mesmo fôlego político dos mandatos anteriores que, por mais moderados que tenham sido, mostravam serviço. A performance de Lula, hoje, decaiu e ele mais parece um moleque querendo brincar de ser presidente, na ironia de sua preocupante velhice, maior e mais dramática do que nos padrões de 80 anos hoje.
Com uma aparência bem melhor, Michael Douglas se aposentou para não morrer atuando, no set de filmagens. E olha que Michael tem fôlego para continuar atuando, embora seja sua escolha se retirar de cena. Lula, mais frágil e com seu governo confuso e festivo, deveria desistir de se reeleger, pois seu triunfalismo não encontra respaldo nas classes populares que se sentem traídas e decepcionadas com o presidente.
Lembremos que até as supostas pesquisas de opinião já mostram que a maioria dos brasileiros não quer que Lula seja reeleito. Lula parece um político cansado, apesar de ambicioso e imprudente, e por isso mesmo seu atual mandato só consegue empolgar a bolha de seus fanáticos seguidores, uma elite de pessoas bem de vida que se acha "mais povo que o povo".
Ninguém aguenta mais quatro anos de governo do faz-de-conta. Entre o pesadelo de Bolsonaro e o sonho dourado de Lula, vamos preferir a realidade.
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