Agosto começou fervendo nos bastidores políticos, embora a "boa sociedade" continue caçando borboletas, principalmente nas capitais do Sul e Sudeste.
Um protesto contra o governo Michel Temer, no Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília, investiu na paródia.
Manifestantes usavam máscaras com a cara do presidente em posições cínicas.
Eles usavam um cartaz apoiado nos corpos com a frase "COMPRO VOTO" e seguravam notas que parodiavam a moeda de R$ 100 com o rosto de Temer.
Hoje haverá votação da denúncia de corrupção contra o presidente, e Temer faz tudo para permanecer no poder.
O presidente que se atreveu a propor o congelamento de verbas públicas não economiza dinheiro para agradar parlamentares a votarem em favor dele, ou seja, contra a denúncia.
Uma grande "pizza a rodízio" se prepara e as perspectivas é que a votação se torne um fiasco.
Enquanto isso, o juiz midiático Sérgio Moro fez 45 anos de idade e ele mesmo lhe deu um presente: transformou o ex-presidente Lula em réu no caso do sítio de Atibaia.
O sítio é uma pequena propriedade que mais parece um modesto albergue. Mas é tido como parte do "patrimônio nababesco" do petista.
Outro episódio é o Movimento Brasil Livre afirmando que vai processar a revista Veja.
Os antigos aliados da direita raivosa andam se guerreando ultimamente.
A Veja publicou uma matéria de capa, na edição creditada a hoje, mas publicada sábado passado, sobre as "gangues digitais".
O tema da revista se refere a "como ativistas e candidatos de direita e esquerda se organizam para hostilizar e intimidar seus críticos nas redes sociais – e o impacto que eles podem ter em 2018".
"Gangues digitais" são grupos que defendem certos ídolos e "patrulham" quem fizer algum comentário contrário a eles.
Eu já tomei conhecimento de vários deles em ação no Orkut, há dez anos.
Veja ilustrou a capa com bonecos tipo os de revistas para recortar.
Neles se montou os rostos de João Dória Jr. (PSDB-SP), Lula e Jair Bolsonaro, este preparando a migração do PSC para o PEN, Partido Ecológico Nacional.
Sabe-se que Lula tem defensores apaixonados, mas é um exagero que haja "gangues digitais" em sua defesa.
Já o MBL foi definido como "gangue" pela Veja por causa do apoio ao prefake de São Paulo.
O grupo, segundo Veja, teria atacado uma jornalista da CBN que denunciou a atitude de João Dória Jr. de mandar acordar moradores de rua com jatos d'água, o que causa desconforto e choque de temperatura no corpo.
De acordo com a revista, os manifestantes do MBL chamaram a repórter de militante de "extrema-esquerda".
Os membros do MBL ficaram furiosos e estudam meios para mover ação contra a revista.
Outro fato dos últimos dias é a posição do governador da Bahia, o petista Rui Costa.
Ele virou um contraponto ao senador paranaense Roberto Requião, por conta de uma atitude.
Costa decidiu liberar seus secretários para voltarem ao cargo de deputados federais visando salvar Temer nas votações da denúncia.
O governador Costa manifestou defesa pela permanência de Temer. Algo inverso do peemedebista Requião.
Requião havia tido uma discussão recente com o senador Romero Jucá, presidente nacional do PMDB.
Jucá, também líder do governo Temer no Senado, não gostou de ser denunciado, em uma postagem de Requião, de que estaria tramando para tirá-lo do partido, através de um "laranja".
Jucá xingou Requião de "vira-lata" e afirmou que o senador paranaense não combina com o PMDB.
Requião é conhecido pela solidariedade que tem com os petistas e com suas votações contra as pautas do governo Temer.
Requião expressa ser mais petista que Rui Costa, que com esta atitude se nivela ao prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, que foi um "petista de alma peemedebista", apesar de hoje estar no PV.
Com tais fatos políticos, a ciranda de hoje pode ser mais um fato a resultar na salvação de Temer pelas conveniências semelhantes ao do caso da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral.
Enquanto isso, o Brasil continua desgovernado.
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