Uma pesquisa divulgada recentemente traz apreensão para o Brasil.
Embora seja uma amostragem, pois apenas uma pequena parcela de entrevistados é consultada em eventos desse tipo, os dados divulgados trazem alguma preocupação.
Foram feitas 2,5 mil entrevistas em 26 Estados brasileiros, sendo o Amapá o único deixado de fora pela pesquisa.
Segundo o Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação, parte do Programa de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), cresceu o apoio ao golpe militar por dois critérios, o de "muito crime" ou "muita corrupção".
No caso de "muito crime", a defesa do golpe militar foi de 53,2% e na hipótese de "muita corrupção", 47,8%.
Entre os discordantes, respectivamente, 41,3% e 46,3%. No caso de quem não respondeu ou não soube responder são 5,6% e 5,8%.
O índice pode ser reflexo do clima de insatisfação e insegurança que se deu em 2013 mas que, três anos depois, resultou na retomada conservadora dos últimos anos.
O desejo de um novo golpe militar faz o coração bater em uma parcela de brasileiros que se dizem "contra tudo que está aí".
Não se trata, ainda, da parcela mais influente, o brasileiro médio que participou das passeatas do "Fora, Dilma" mas sonha com um candidato "liberal" e a manutenção das instituições.
Mas isso é preocupante, porque, em muitos casos, são pessoas com mais de 50 anos de idade, que se esqueceram do pesadelo da ditadura militar, ou de jovens que nunca viveram esses tempos infelizes.
Os mais velhos parecem que não tiveram consciência do período terrível em que viveram, até porque eram em boa parte crianças ou adolescentes na época. Ou então foram pessoas privilegiadas nesses 21 anos de trevas.
Os mais novos, por razões óbvias, ainda precisam conhecer melhor o país.
Infelizmente, o Brasil é um dos países mais ignorantes do mundo e uma parcela idiotizada da população chega a ser arrogante, intransigente e intolerante na defesa de suas convicções fantasiosas e egocêntricas.
Entregar o poder à burrice é um dos piores perigos que o Brasil poderia enfrentar. Espera-se que isso não aconteça.
Comentários
Postar um comentário