Há poucos dias, a antiga estrela do seriado Smallville, a outrora adorável Allison Mack, foi presa e depois solta sob fiança pela acusação de envolvimento com uma seita voltada à escravidão sexual.
A seita, denominada NXIVM - lê-se "nexium" - era comandada por Keith Raniere, que também foi preso.
Allison teria sido recrutada pela colega do seriado, Kristin Kreuk, mas esta largou a seita pouco depois.
Mas Allison, alemã radicada nos EUA e aparentemente conhecida por sua simpatia e doçura, virou braço-direito de Raniere, atuando como uma co-líder da seita.
A seita, que supostamente se voltava ao "empoderamento feminino", mas promovia rituais de flagelos e escravidão sexual.
As adeptas da seita eram forçadas a correr direto para as árvores para bater as cabeças nos troncos. Ou então a beber água suja que corria no chão.
Elas eram marcadas com ferro quente, como gado bovino, seja com as iniciais KR ou AM.
As integrantes ainda eram forçadas a transar com Keith, em rituais de escravidão sexual com atos sadomasoquistas.
E tinham que manter uma dieta subnutrida para manter o padrão de forma física que excitava o pastor.
Enquanto isso ocorria nos ambientes secretos do NXIVM, Keith fazia palestras de motivação pessoal e autoajuda e arrecadava dinheiro com elas.
Fiquei decepcionado com Allison Mack e a vejo hoje com muita tristeza e lamento. Cheguei a admirá-la por sua beleza e simpatia, mas hoje vejo que ela decaiu.
Aí eu fico comparando a bela, mas frustrante, atriz com os feiosos "médiuns" da religião que abandonei, o Espiritismo catolicizado que há muito traiu e continua traindo a doutrina francesa original.
Claro que não dá para comparar o NXIVM com o Espiritismo, este bem menos escandaloso nas suas irregularidades.
Mesmo assim, a religião brasileira é marcada por uma preocupante e vergonhosa desonestidade doutrinária.
O pensamento original de Allan Kardec foi substituído por conceitos místicos e moralistas emprestados do Catolicismo da Idade Média.
Os "médiuns" (midiáticos até no nome), blindados pela Rede Globo e demais veículos da mídia venal, são uma espécie de "tucanos com carisma", e que se dividem em produzir obras mediúnicas fake e curandeirismo barato.
Eles fazem das suas e, como políticos do PSDB, ninguém pega eles, mesmo quando eles estão sob a sombra de alguma investigação.
Apesar de santificados pelo grande público e de sua imagem glamourizada de pretensos filantropos ter sido bem produzida pelo discurso midiático, os "médiuns" brasileiros são figuras reacionárias e propagandistas da apologia do sofrimento que manchou a referida doutrina religiosa.
Um "médium" de Minas Gerais foi defender a ditadura militar logo na pior fase e seu seguidor baiano, recentemente, defendeu os arbítrios de Sérgio Moro como sendo de "intuição superior divina".
A "caridade" que tanto é a marca tão alardeada dessa religião "espiritualista" é fajuta e nunca passou de um frouxo e pouco eficiente Assistencialismo.
Os "resultados transformadores" são meras mentiras publicitárias que se alimentam por eventos ocasionais promovidos por suas instituições.
Essa "caridade" só serve para promover idolatria aos "médiuns" que, com sua "filantropia-ostentação", recebem enxurradas de prêmios, fortunas simbólicas do estrelato da fé.
É até surreal que o ex-presidente Lula esteja preso. Comparemos os fatos.
Em oito anos de governo, ele tirou da pobreza mais de 25 milhões de pessoas.
Já a instituição "espírita" situada no bairro de Pau da Lima, em Salvador, só ajudou 163 mil pessoas ao longo de 63 anos.
Façam as comparações. Quem fez maior filantropia pelo Brasil? O tal "médium" baiano que elogiou Sérgio Moro, defende a Escola Sem Partido e fala de ridículas e discriminatórias "crianças-índigo" ou o petista injustamente preso por conta de fofocas nunca bem explicadas?
Mas, infelizmente, a logomarca religiosa fala mais alto. É lamentável que muitos meçam o mérito da caridade pelo prestígio e fama do ídolo religioso. Os beneficiados são apenas um "mero detalhe".
Que caridade se espera de uma religião que pede para os sofredores amarem suas desgraças?
E o tal "médium" de Minas Gerais, um plagiador de textos que se ascendeu como um Marcelo Nascimento do espiritualismo, o tal "homem chamado amor" que enganou muita gente, a ponto de até o admirável Oscar Niemeyer cair na pegadinha e lhe oferecer projeto de memorial?
Ele defendeu a ditadura militar que fez o próprio Niemeyer ir para o exílio e, no fim da vida, esse escritor de pastiches e psicografias fake ainda apoiou Fernando Collor e acolheu, feliz da vida, Aécio Neves e Luciano Huck.
Assim como o "funk", o falso cheiro de pobre desse "médium" protegido da Globo chegou a inebriar certos esquerdistas.
Tanto que teve gente ainda "estranhando" porque aquele "médium" goiano supostamente amigo de Lula (na verdade, tão "amigo" dele quanto Fernando Henrique Cardoso) de repente passou a defender Sérgio Moro. Ora, é porque o tal "médium" nunca foi amigo de Lula, aquilo foi só formalidade.
É vergonhoso esse Espiritismo que no Brasil desviou-se dos ensinamentos originais franceses e cujos "médiuns" sempre viveram no culto à personalidade, colecionando prêmios e viajando pelo mundo desviando o dinheiro da caridade ou "lavando" dinheiro sujo de magnatas.
Não são os "médiuns" feiosos que possuem a beleza que tanto se supunha ter a Allison Mack.
Allison Mack é que revelou ter a feiura que, em verdade, possuem os lamentáveis "médiuns" desse Espiritismo catolicizado que se tem no Brasil.
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