LEGENDA DE TELEVISÃO EM ÔNIBUS DE NITERÓI CONGELOU NO TEXTO DO LEMA DE JAIR BOLSONARO.
A catástrofe política de Jair Bolsonaro parece assombrar até as televisões instaladas nos ônibus.
Ontem, à tarde, saindo com meu pai, entramos num ônibus que tinha uma televisão instalada, sintonizada na Rede Globo.
Era horário de propaganda eleitoral e o aparelho, com problemas de transmissão e eventuais quedas de sinal, estranhamente travou a legenda na expressão "Abra o olho - Brasil, acima de tudo, Deus acima de todos".
Para quem não sabe, este é o lema de propaganda de Jair Bolsonaro, o Frankenstein criado pelo golpe político de 2016 (que ele apoiou, em nome de Deus, da Família e da memória do coronel Brilhante Ustra).
Estranho a legenda travar logo nesta frase. Um aparente problema de transmissão que parece dar mais vantagem ao brutamontes presidenciável.
Fico assustado com a ascensão de Bolsonaro, não porque sua popularidade seja verdadeira. Ela é fake, sendo a modernização do Voto de Cabresto da República Velha.
Agora o Cabresto está nas redes sociais, com valentões da Internet fazendo todo tipo de ameaça, até de morte, para quem, dentro desses espaços digitais, se recusar a votar em Bolsonaro.
Enquanto isso, pesquisas de intenção de votos são compradas pelo lobby de Paulo Guedes que faz com que considerável parcela do empresariado apoie o grotesco candidato.
Esse lobby praticamente faz a grande mídia ficar em silêncio diante do ato feito pelo "mito", no comício em Rio Branco, no Acre.
Ele disse que pretende "fuzilar toda a petralhada aí do Acre" e fez gesto com um fuzil como se simulasse uma sessão de fuzilamento.
Bolsonaro fez isso com o maior cinismo possível.
Independente de gostar ou não do PT, o gesto não só é de uma grosseria sem tamanho e, da mesma forma, não só é de uma falta de humanidade extrema, como é uma incitação explícita à violência.
Se o Brasil fosse um país menos imperfeito e bem menos surreal, Bolsonaro teria sido alvo de processo no Judiciário, e teria sua candidatura cassada em poucos dias.
Mesmo que o Judiciário não sentisse simpatia pelo PT, faria sentido se ele processasse Bolsonaro também por concorrência desleal, através de atitude rancorosa e vingativa contra um adversário político.
Mas não. Tudo ficou tranquilo e o "mito" só apareceu na mídia venal através de amenidades.
Ou é Bolsonaro falando "bobagens" ou algum concorrente duvidando do sucesso dele, como Ciro Gomes e Geraldo Alckmin.
INDEPENDENTE DA PROPAGANDA ELEITORAL, A LEGENDA CONTINUAVA PARADA NO LEMA BOLSONARISTA.
O Tribunal Superior Eleitoral liberou uma propaganda do "mito" na qual são feitas ofensas às mulheres.
No caso daquele processo do dia 28 de agosto, sobre a declaração ofensiva aos quilombolas, de repente o voto prometido por Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal sumiu.
Para piorar, a Abril e a Globo parecem sinalizar um "apoio" sutil ao "mito".
Na Veja, uma reportagem se limita apenas a denunciar o plano de manipulação das eleições nas redes sociais pela Cambridge Analytica, empresa estadunidense responsável pela vitória de Donald Trump.
Aparentemente, a Cambridge se recusou a trabalhar com Jair Bolsonaro por "não tolerar extremistas" e o "mito" aparece em "boa conta" na reportagem, como se fosse o único a não cometer ilegalidades nas redes sociais.
E isso depois que a própria Veja ter admitido que Bolsonaro foi beneficiado pelas fake news que ocorriam nas mesmas redes sociais.
O lobby de Paulo Guedes está produzindo estragos na campanha eleitoral.
Ele aproximou Jair Bolsonaro de ninguém menos que João Roberto Marinho, um dos três irmãos donos das Organizações Globo.
É irônico que o bolsonarista diga odiar a Rede Globo. Mas existe a realidade insólita de haver gente que odeia a Rede Globo mas adora seus "valores".
O silêncio das elites diante das truculências de Jair Bolsonaro é algo extremamente surreal, absurdo e preocupante ao ponto de causar muita aflição.
Alguma coisa tem que ser feita para frear o tanque desgovernado do ex-capitão que quer desgovernar o Brasil.
Antes que o Brasil se transforme num gigantesco Museu Nacional da noite incendiária.
A catástrofe política de Jair Bolsonaro parece assombrar até as televisões instaladas nos ônibus.
Ontem, à tarde, saindo com meu pai, entramos num ônibus que tinha uma televisão instalada, sintonizada na Rede Globo.
Era horário de propaganda eleitoral e o aparelho, com problemas de transmissão e eventuais quedas de sinal, estranhamente travou a legenda na expressão "Abra o olho - Brasil, acima de tudo, Deus acima de todos".
Para quem não sabe, este é o lema de propaganda de Jair Bolsonaro, o Frankenstein criado pelo golpe político de 2016 (que ele apoiou, em nome de Deus, da Família e da memória do coronel Brilhante Ustra).
Estranho a legenda travar logo nesta frase. Um aparente problema de transmissão que parece dar mais vantagem ao brutamontes presidenciável.
Fico assustado com a ascensão de Bolsonaro, não porque sua popularidade seja verdadeira. Ela é fake, sendo a modernização do Voto de Cabresto da República Velha.
Agora o Cabresto está nas redes sociais, com valentões da Internet fazendo todo tipo de ameaça, até de morte, para quem, dentro desses espaços digitais, se recusar a votar em Bolsonaro.
Enquanto isso, pesquisas de intenção de votos são compradas pelo lobby de Paulo Guedes que faz com que considerável parcela do empresariado apoie o grotesco candidato.
Esse lobby praticamente faz a grande mídia ficar em silêncio diante do ato feito pelo "mito", no comício em Rio Branco, no Acre.
Ele disse que pretende "fuzilar toda a petralhada aí do Acre" e fez gesto com um fuzil como se simulasse uma sessão de fuzilamento.
Bolsonaro fez isso com o maior cinismo possível.
Independente de gostar ou não do PT, o gesto não só é de uma grosseria sem tamanho e, da mesma forma, não só é de uma falta de humanidade extrema, como é uma incitação explícita à violência.
Se o Brasil fosse um país menos imperfeito e bem menos surreal, Bolsonaro teria sido alvo de processo no Judiciário, e teria sua candidatura cassada em poucos dias.
Mesmo que o Judiciário não sentisse simpatia pelo PT, faria sentido se ele processasse Bolsonaro também por concorrência desleal, através de atitude rancorosa e vingativa contra um adversário político.
Mas não. Tudo ficou tranquilo e o "mito" só apareceu na mídia venal através de amenidades.
Ou é Bolsonaro falando "bobagens" ou algum concorrente duvidando do sucesso dele, como Ciro Gomes e Geraldo Alckmin.
INDEPENDENTE DA PROPAGANDA ELEITORAL, A LEGENDA CONTINUAVA PARADA NO LEMA BOLSONARISTA.
O Tribunal Superior Eleitoral liberou uma propaganda do "mito" na qual são feitas ofensas às mulheres.
No caso daquele processo do dia 28 de agosto, sobre a declaração ofensiva aos quilombolas, de repente o voto prometido por Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal sumiu.
Para piorar, a Abril e a Globo parecem sinalizar um "apoio" sutil ao "mito".
Na Veja, uma reportagem se limita apenas a denunciar o plano de manipulação das eleições nas redes sociais pela Cambridge Analytica, empresa estadunidense responsável pela vitória de Donald Trump.
Aparentemente, a Cambridge se recusou a trabalhar com Jair Bolsonaro por "não tolerar extremistas" e o "mito" aparece em "boa conta" na reportagem, como se fosse o único a não cometer ilegalidades nas redes sociais.
E isso depois que a própria Veja ter admitido que Bolsonaro foi beneficiado pelas fake news que ocorriam nas mesmas redes sociais.
O lobby de Paulo Guedes está produzindo estragos na campanha eleitoral.
Ele aproximou Jair Bolsonaro de ninguém menos que João Roberto Marinho, um dos três irmãos donos das Organizações Globo.
É irônico que o bolsonarista diga odiar a Rede Globo. Mas existe a realidade insólita de haver gente que odeia a Rede Globo mas adora seus "valores".
O silêncio das elites diante das truculências de Jair Bolsonaro é algo extremamente surreal, absurdo e preocupante ao ponto de causar muita aflição.
Alguma coisa tem que ser feita para frear o tanque desgovernado do ex-capitão que quer desgovernar o Brasil.
Antes que o Brasil se transforme num gigantesco Museu Nacional da noite incendiária.
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