A grande mídia bem que tentou, mas não conseguiu deter o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad.
A nossa grande imprensa tenta desconstruir Haddad como um "laranja do Lula", como um"pau mandado" e coisa e tal.
Inventam que Haddad governará o país "sob as ordens de Lula", o que é uma interpretação leviana e distorcida do seu projeto político.
Haddad, sim, herdou o programa político que seria de Lula. Mas esse projeto político está acima da pessoa do ex-presidente, hoje condenado e preso por uma fofoca de fazer corar Léo Dias.
É um projeto de recuperação e desenvolvimento de um Brasil massacrado pela ditadura militar de 1964-1985, pelos governos neoliberais de Collor e FHC e pelo golpe político de 2016.
Os golpistas da mídia até tentam: amedrontam a sociedade - não sem uma graninha esperta de Paulo Guedes - despejando, cruamente, a seguinte manchete: "Bolsonaro líder com vinte e tantos por cento".
A entrevista do Jornal Nacional não foi voltada às propostas do candidato, mas a supostas polêmicas envolvendo as relações de Haddad com Lula, a má reputação do PT e a corrupção política.
Era um meio de descontruir Haddad, que, no entanto, procurou sair bem, embora começasse meio acanhado.
Haddad chegou a dizer, no programa, que a Rede Globo está sob investigação por sonegação fiscal.
A entrevista durou 27 minutos, mas Bonner interrompeu Haddad 62 vezes e só o deixou falar por 16 minutos.
Houve uma grande discussão e até o fato de Haddad não ter sido reeleito prefeito de São Paulo, sufocado pelo lobby tucano, foi explorado levianamente por William Bonner.
Haddad é erroneamente visto como como o "laranja de Lula". Mas a Globo se comportou como se fosse "laranja do PSDB", que, frustrada com o plano A de Alckmin, quer o plano B de Bolsonaro.
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