MESMO DEPOIS DO ATENTADO, JAIR BOLSONARO CONTINUA FAZENDO APOLOGIA À VIOLÊNCIA, FAZENDO POSE DE ATIRADOR.
Nesta semana que se encerra, três declarações recentes vieram do contexto do golpismo político dos últimos anos.
A primeira, na Central das Eleições da Globo News, na série sobre os vice-presidenciáveis, o vice de Jair Bolsonaro, general Antônio Hamilton Mourão, admitiu que poderá dar autogolpe na hipótese do "mito" governar o país.
Segundo Mourão, o "autogolpe" daria se houvesse "anarquia" no Brasil, com Bolsonaro declarando um golpe com o apoio das Forças Armadas. Mourão afirmou isso, embora dissesse "não acreditar que isso vá acontecer".
Outra declaração partiu de outro general, Eduardo Villas-Boas, sobre a hipótese de respeitar a determinação da ONU de permitir a candidatura de Lula para a Presidência da República.
Villas-Boas definiu como "invasão da soberania nacional", atribuiu a condenação a Lula aos princípios da Lei da Ficha Limpa e disse que só às autoridades brasileiras cabe avaliar se a candidatura tem legitimidade ou não.
O Partido dos Trabalhadores divulgou um comunicado dizendo que a declaração de Villas-Boas é uma afronta à Constituição Federal, definindo o ato como "o mais grave episódio de insubordinação de um comandante das Forças Armadas ao papel que lhes foi delimitado".
Segundo Villas-Boas, que legitima, por outro lado, a candidatura de Jair Bolsonaro como "expressão das Forças Armadas", a ONU só cabe decidir pelo Brasil fora do território nacional.
A outra declaração foi dada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral, sobre a propaganda eleitoral do PT.
Acatando queixa do Ministério Público Eleitoral, na qual as campanhas do PT ainda apresentam Lula como candidato, Barroso fez uma ameaça.
De acordo com o MPE, existe "recalcitrância sistêmica e generalizada de um candidato inelegível, sem o abrigo do artigo 16-A, de se fazer presente, das mais variadas e insistentes formas, na propaganda eleitoral paga pelo contribuinte em expediente que se presta a desorientar o eleitorado quanto a aquilo que já decidido pela Justiça Eleitoral".
Barroso, que também evocou a Lei da Ficha Limpa, ameaçou retirar a propaganda do PT se a substituição de Lula por Fernando Haddad não for feita.
O Partido dos Trabalhadores solicitou ao Supremo Tribunal Federal a prorrogação do prazo para mudança de candidatura.
JAIR BOLSONARO SE DIZ "INOFENSIVO", MAS FEZ DECLARAÇÕES BASTANTE PERVERSAS EM DIVERSAS OCASIÕES.
Diante desses fatores, a grande mídia tenta capitalizar em torno do atentado contra Jair Bolsonaro alegando, com certa hipocrisia, que "não pode haver FLA-FLU ideológico".
Com apelos piegas, tenta fazer crer que a candidatura Bolsonaro é "tão salutar" e "equiparável" às demais candidaturas.
Tentam apelar para o "discurso da tolerância" e até da "paz", aquela retórica da "paz sem voz" que pede que nós toleremos nossas desgraças e os abusos dos opressores, ou seja, a "reconciliação da desgraça com a opressão".
Enquanto a grande mídia tentou promover e superestimar o vitimismo de Jair Bolsonaro, eis que ele, na sua convalescença, aparece fazendo gestos de atirador.
O ato derrubou qualquer chance da mídia venal vender o "mito" como um suposto humanista ou quase isso.
Além disso, não é provável que, sem a figura espetacularizada do "mito", os comícios possam gerar tanta força nas redes sociais.
Há indícios de que o favoritismo fake de Jair Bolsonaro está começando a se dissolver.
Os bolsonaristas até esforçam para glorificar o mito.
Quando Magno Malta apareceu no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, os bolsonaristas realizaram uma oração e afirmaram que o candidato do PSL "venceria já no primeiro turno".
No Ceará, uma coreografia à maneira dos manifestoches de 2016, ainda mais patética e grosseira, foi feita em homenagem a Jair.
Ainda assim, o fato de que Jair Bolsonaro não caiu na real pode pôr seu suposto favoritismo a perder.
E como os demais concorrentes ao cargo presidencial decidiram evitar críticas ao "mito", é possível que trabalhem melhor uma agenda positiva.
Dessa forma, será possível, também, que finalmente possam decolar Geraldo Alckmin, Marina Silva e Ciro Gomes, possivelmente disputando o ascendente Fernando Haddad.
O petista cresce de maneira tranquila nas pesquisas, aos poucos reconhecido como o substituto de Lula, que, pelo jeito, sofre a pressão violenta do Judiciário para banir sua candidatura.
Espera-se que, pelo menos, o fantasma do fascismo se afaste da corrida eleitoral, não chegando sequer ao segundo turno da disputa presidencial.
Até porque Jair Bolsonaro é representante de tudo que há de ruim da sociedade conservadora brasileira.
Sinceramente, os sociopatas não são os donos do Brasil. Um país imenso respira fora dos rincões reacionários que existem nas redes sociais. Não vamos sufocar esse grande Brasil que passa fora do obscurantismo dos valentões.
Nesta semana que se encerra, três declarações recentes vieram do contexto do golpismo político dos últimos anos.
A primeira, na Central das Eleições da Globo News, na série sobre os vice-presidenciáveis, o vice de Jair Bolsonaro, general Antônio Hamilton Mourão, admitiu que poderá dar autogolpe na hipótese do "mito" governar o país.
Segundo Mourão, o "autogolpe" daria se houvesse "anarquia" no Brasil, com Bolsonaro declarando um golpe com o apoio das Forças Armadas. Mourão afirmou isso, embora dissesse "não acreditar que isso vá acontecer".
Outra declaração partiu de outro general, Eduardo Villas-Boas, sobre a hipótese de respeitar a determinação da ONU de permitir a candidatura de Lula para a Presidência da República.
Villas-Boas definiu como "invasão da soberania nacional", atribuiu a condenação a Lula aos princípios da Lei da Ficha Limpa e disse que só às autoridades brasileiras cabe avaliar se a candidatura tem legitimidade ou não.
O Partido dos Trabalhadores divulgou um comunicado dizendo que a declaração de Villas-Boas é uma afronta à Constituição Federal, definindo o ato como "o mais grave episódio de insubordinação de um comandante das Forças Armadas ao papel que lhes foi delimitado".
Segundo Villas-Boas, que legitima, por outro lado, a candidatura de Jair Bolsonaro como "expressão das Forças Armadas", a ONU só cabe decidir pelo Brasil fora do território nacional.
A outra declaração foi dada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral, sobre a propaganda eleitoral do PT.
Acatando queixa do Ministério Público Eleitoral, na qual as campanhas do PT ainda apresentam Lula como candidato, Barroso fez uma ameaça.
De acordo com o MPE, existe "recalcitrância sistêmica e generalizada de um candidato inelegível, sem o abrigo do artigo 16-A, de se fazer presente, das mais variadas e insistentes formas, na propaganda eleitoral paga pelo contribuinte em expediente que se presta a desorientar o eleitorado quanto a aquilo que já decidido pela Justiça Eleitoral".
Barroso, que também evocou a Lei da Ficha Limpa, ameaçou retirar a propaganda do PT se a substituição de Lula por Fernando Haddad não for feita.
O Partido dos Trabalhadores solicitou ao Supremo Tribunal Federal a prorrogação do prazo para mudança de candidatura.
JAIR BOLSONARO SE DIZ "INOFENSIVO", MAS FEZ DECLARAÇÕES BASTANTE PERVERSAS EM DIVERSAS OCASIÕES.
Diante desses fatores, a grande mídia tenta capitalizar em torno do atentado contra Jair Bolsonaro alegando, com certa hipocrisia, que "não pode haver FLA-FLU ideológico".
Com apelos piegas, tenta fazer crer que a candidatura Bolsonaro é "tão salutar" e "equiparável" às demais candidaturas.
Tentam apelar para o "discurso da tolerância" e até da "paz", aquela retórica da "paz sem voz" que pede que nós toleremos nossas desgraças e os abusos dos opressores, ou seja, a "reconciliação da desgraça com a opressão".
Enquanto a grande mídia tentou promover e superestimar o vitimismo de Jair Bolsonaro, eis que ele, na sua convalescença, aparece fazendo gestos de atirador.
O ato derrubou qualquer chance da mídia venal vender o "mito" como um suposto humanista ou quase isso.
Além disso, não é provável que, sem a figura espetacularizada do "mito", os comícios possam gerar tanta força nas redes sociais.
Há indícios de que o favoritismo fake de Jair Bolsonaro está começando a se dissolver.
Os bolsonaristas até esforçam para glorificar o mito.
Quando Magno Malta apareceu no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, os bolsonaristas realizaram uma oração e afirmaram que o candidato do PSL "venceria já no primeiro turno".
No Ceará, uma coreografia à maneira dos manifestoches de 2016, ainda mais patética e grosseira, foi feita em homenagem a Jair.
Ainda assim, o fato de que Jair Bolsonaro não caiu na real pode pôr seu suposto favoritismo a perder.
E como os demais concorrentes ao cargo presidencial decidiram evitar críticas ao "mito", é possível que trabalhem melhor uma agenda positiva.
Dessa forma, será possível, também, que finalmente possam decolar Geraldo Alckmin, Marina Silva e Ciro Gomes, possivelmente disputando o ascendente Fernando Haddad.
O petista cresce de maneira tranquila nas pesquisas, aos poucos reconhecido como o substituto de Lula, que, pelo jeito, sofre a pressão violenta do Judiciário para banir sua candidatura.
Espera-se que, pelo menos, o fantasma do fascismo se afaste da corrida eleitoral, não chegando sequer ao segundo turno da disputa presidencial.
Até porque Jair Bolsonaro é representante de tudo que há de ruim da sociedade conservadora brasileira.
Sinceramente, os sociopatas não são os donos do Brasil. Um país imenso respira fora dos rincões reacionários que existem nas redes sociais. Não vamos sufocar esse grande Brasil que passa fora do obscurantismo dos valentões.
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