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JAIR BOLSONARO MOSTROU QUE NÃO SABE PERDER

JAIR BOLSONARO NÃO SE RECUPEROU - ELE CONTINUA O MESMO ARROGANTE DE SEMPRE.

Jair Bolsonaro não sabe perder. Ele não tem espírito de competição.

Isso já era esperado, mas ficou mais evidente depois que ele foi entrevistado pelo apresentador José Luiz Datena, para o Brasil Urgente, da TV Bandeirantes.

Convalescente, mas mantendo sua conhecida arrogância, Jair Bolsonaro disse, entre outras coisas, que não aceitará resultado eleitoral que não aponte ele como vencedor da corrida presidencial.

Respondendo sobre como Bolsonaro vê a reação das instituições militares diante da vitória de Fernando Haddad, o candidato do PSL respondeu:

"Sobre as instituições militares aceitarem o resultado, eu não posso falar pelos comandantes militares. Eu, pelo que eu vejo nas ruas, eu não aceito resultado das eleições diferente da minha eleição. Isso é um ponto de visto fechado".

A declaração é perigosa, porque, ao dizer isso, Jair Bolsonaro sinaliza que poderá fazer um golpe, no caso de não sair vitorioso nas urnas.

Jair, recentemente denunciado por ameaçar e roubar bens da ex-mulher Ana Cristina Valle, é alvo de nova investigação.

Ela mostra que o pagamento que a campanha de Jair deu para a produtora Mosqueteiro Filmes, no valor de R$ 240 mil, é uma farsa, porque a produtora seria, provavelmente, uma empresa fantasma.

A sede da suposta produtora, em Petrolina, Pernambuco, é um prédio vazio, desocupado há mais de dois anos.

A suposta empresa, digamos, a empresa fake, seria destinada a monitorar as redes sociais e os vídeos da campanha presidencial.

Segundo advogados especialistas, isso pode ser um crime de falsidade ideológica, quando se menciona uma empresa que não existe.

As informações foram trazidas pela revista Época, outro periódico que também não é de modo algum simpatizante do lulopetismo.

Bolsonaro - que ainda teme que seu vice, o general Antônio Hamilton Mourão, fale demais, escancarando o projeto fascista - também omitiu um valor de R$ 2,6 milhões em bens na declaração feita à Justiça Eleitoral.

Quanto à sua declaração de não aceitar outro resultado se não a vitória dele, Jair Bolsonaro deveria saber de umas coisas.

Eu também sou aniversariante de 21 de março. Nasci 16 anos depois do "mito", em 1971. Na Astrologia, correspondemos eu e o candidato do PSL ao signo solar de Áries.

Dizem os astrólogos que o nascido de Áries não aceita derrotas e reage a elas com irritação.

Eu já tive derrotas na vida, mas foram tantas que eu até destoo um pouco do que os astrólogos dizem (e vale lembrar que muito do que a Astrologia diz é extremamente discutível e ela é uma pseudo-ciência ocupada por devaneios esotéricos).

Isso porque eu passei a desenvolver minha responsabilidade com as derrotas na vida. Não sou desses de fazer golpes só porque perdi.

Já tive desilusões desde os 14 anos, que até me custaram muita irritação, sobressaltos e depressões. Mas sobrevivi a isso.

Fico com pena de ver Jair Bolsonaro sem poder aceitar uma única frustração em plenos 63 anos de idade.

Bolsonaro mostrou, com essa declaração, que não está aí para a democracia que diz defender.

E isso faz do suposto favoritismo do candidato do PSL um fenômeno vergonhoso. Que "voto livre" muitos brasileiros têm coragem de dar a alguém que desrespeita a democracia?

Se uma parte dos brasileiros quer o anti-petismo, que votem em Marina Silva ou Henrique Meirelles, que oferecem menos perigo.

Não se pode deixar levar pelo sensacionalismo, pelo aparente populismo, porque está comprovado que o governo Jair Bolsonaro representará uma catástrofe política para o Brasil, com prejuízos incalculáveis.

E quem alerta isso não são necessariamente periódicos ligados ao "comunismo" ou ao "lulopetismo", incluindo também revistas rigorosamente neoliberais como The Economist.

Seria bom de Jair já fosse se preparando para perder. Acumulam-se denúncias e escândalos, também trazidos pela imprensa tão capitalista quanto seu escudeiro econômico Paulo Guedes.

Quem não sabe perder, perde duas vezes. Perde pelas circunstâncias e perde pela falta de respeito ao outro que venceu. Jair é um grande fracassado político.

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