ENQUANTO HÁ DESCONGELAMENTO NO PÓLO NORTE, OS GASTOS PÚBLICOS NO BRASIL PODEM SER CONGELADOS EM DUAS DÉCADAS.
A mídia patronal comemora. A PEC 241, a "menina dos olhos" do governo temeroso, tem fortes chances de ser aprovada.
A "PEC do Teto", como é conhecida, prevê congelamento de investimentos em setores públicos por duas décadas.
Será estabelecido um limite rígido, que mesmo em momentos de crescimento econômico não pode ser ultrapassado.
Setores como Educação, Saúde e Assistência Social terão investimentos cada vez mais limitados, se virando com o pouco dinheiro que receberão.
Isso inviabilizará muitas atividades, irá reduzir os salários de professores e médicos da rede pública, fechará hospitais e escolas, fará aposentados viverem dos empréstimos de filhos e netos.
Será um gravíssimo prejuízo sem precedentes para o Brasil.
Nem mesmo os nunca assumidos descasos políticos que sucatearam a Educação, Saúde e Assistência Social nos períodos da ditadura militar criariam tantos problemas.
Porque a coisa será mais aberta, será uma emenda constitucional, uma ferida sangrenta na Constituição cidadã de 1988.
O brasileiro médio, que durante o governo Dilma Rousseff se espumava de ódio só de ver o rosto dela na TV no na página de um jornal, hoje está feliz.
Está na praia, jogando bola, tomando cervejinha, contando piada, fazendo selfie.
Vê Henrique Meirelles falando na TV achando que é Papai Noel antecipando os presentes para a criançada.
Deveria ver a lógica dos cortes de gastos, sob o ponto de vista de um jovem.
Imagine o pai de um jovem limitando a mesada.
Ele dá um dinheiro que só dá para o lanche da escola e, quando muito, para ir a um clube esportivo na esquina de casa, de manhã, para nadar na piscina ou jogar bola na quadra.
Aí tem o encontro dos colegas numa festa à noite, num bairro distante.
Tem a excursão para aquela cidade serrana, para um passeio de ciclismo na serra.
E tem o lançamento daquele filme tão esperado no cinema, que a turma toda quer ver.
Mas o jovem não tem dinheiro para isso. Tem que cortar o lanche da escola e se virar para pedir dinheiro recorrendo aos amigos.
Sei que a comparação é um tanto rasteira, envolve necessidades mais supérfluas do que remunerar professores e abastecer hospitais de equipamentos modernos e instalações limpas e confortáveis.
O aposentado precisa aprender a vida e procurar retomar aquela intimidade com o lazer que a juventude fez perder.
É por isso que o corte de gastos da PEC 241 terá efeitos devastadores. Muito pior do que a antiga corrupção que desviava dinheiro público dos gastos sociais.
Isso porque a coisa é mais assumida e irreversível.
Na outra situação, bastava os trabalhadores fazerem passeatas, uma boa mobilização poderia surtir efeito.
Com a institucionalização do descaso público, que é o que pretende ser a PEC 241 assim que virar lei, sancionada pelo sedento presidente Michel Temer, serão precisas milhares de Passeatas dos Cem Mil para derrubar essa lei.
Junto a isso, a mídia patronal deveria recuar e denunciar cada vez mais hospitais sucateados e escolas tomadas por vândalos e criminosos para revelar os prejuízos da "peque".
Se todavia houver resignação social e a mídia patronal descrever o paraíso de contos de fadas do Brasil com menos gastos públicos, os prejuízos serão escondidos debaixo do tapete jornalístico oficial.
Mas o odor fedorento das mazelas causadas entrará pelos lares pelas portas dos fundos, narrando sua tragédia como William Bonner nunca teria coragem de narrar, como a Veja nunca teria coragem de pôr em suas capas.
A PEC do Teto simplesmente irá desmoronar o país.
A casa vai cair com esse "teto". Aliás, as casas de muitos brasileiros.
O furacão Matthew que devastou o Haiti terá concorrente no Brasil: a PEC do Teto.
O urso do Pólo Norte teve que se virar com uma pedra de gelo em descongelamento.
O povo brasileiro vai ter que se virar com o congelamento dos gastos públicos.
Especialistas sérios dizem que a PEC 241 vai inviabilizar o crescimento no Brasil.
Mas Temer não quer saber disso. E com razão, por incrível que pareça.
Afinal, Temer é um político ruim de urnas, um sujeito sem carisma e só é representado por 428 votos de parlamentares.
Para Temer, o povo brasileiro é apenas "um detalhe". Temer não representa a vontade de milhares de brasileiros.
A mídia patronal comemora. A PEC 241, a "menina dos olhos" do governo temeroso, tem fortes chances de ser aprovada.
A "PEC do Teto", como é conhecida, prevê congelamento de investimentos em setores públicos por duas décadas.
Será estabelecido um limite rígido, que mesmo em momentos de crescimento econômico não pode ser ultrapassado.
Setores como Educação, Saúde e Assistência Social terão investimentos cada vez mais limitados, se virando com o pouco dinheiro que receberão.
Isso inviabilizará muitas atividades, irá reduzir os salários de professores e médicos da rede pública, fechará hospitais e escolas, fará aposentados viverem dos empréstimos de filhos e netos.
Será um gravíssimo prejuízo sem precedentes para o Brasil.
Nem mesmo os nunca assumidos descasos políticos que sucatearam a Educação, Saúde e Assistência Social nos períodos da ditadura militar criariam tantos problemas.
Porque a coisa será mais aberta, será uma emenda constitucional, uma ferida sangrenta na Constituição cidadã de 1988.
O brasileiro médio, que durante o governo Dilma Rousseff se espumava de ódio só de ver o rosto dela na TV no na página de um jornal, hoje está feliz.
Está na praia, jogando bola, tomando cervejinha, contando piada, fazendo selfie.
Vê Henrique Meirelles falando na TV achando que é Papai Noel antecipando os presentes para a criançada.
Deveria ver a lógica dos cortes de gastos, sob o ponto de vista de um jovem.
Imagine o pai de um jovem limitando a mesada.
Ele dá um dinheiro que só dá para o lanche da escola e, quando muito, para ir a um clube esportivo na esquina de casa, de manhã, para nadar na piscina ou jogar bola na quadra.
Aí tem o encontro dos colegas numa festa à noite, num bairro distante.
Tem a excursão para aquela cidade serrana, para um passeio de ciclismo na serra.
E tem o lançamento daquele filme tão esperado no cinema, que a turma toda quer ver.
Mas o jovem não tem dinheiro para isso. Tem que cortar o lanche da escola e se virar para pedir dinheiro recorrendo aos amigos.
Sei que a comparação é um tanto rasteira, envolve necessidades mais supérfluas do que remunerar professores e abastecer hospitais de equipamentos modernos e instalações limpas e confortáveis.
O aposentado precisa aprender a vida e procurar retomar aquela intimidade com o lazer que a juventude fez perder.
É por isso que o corte de gastos da PEC 241 terá efeitos devastadores. Muito pior do que a antiga corrupção que desviava dinheiro público dos gastos sociais.
Isso porque a coisa é mais assumida e irreversível.
Na outra situação, bastava os trabalhadores fazerem passeatas, uma boa mobilização poderia surtir efeito.
Com a institucionalização do descaso público, que é o que pretende ser a PEC 241 assim que virar lei, sancionada pelo sedento presidente Michel Temer, serão precisas milhares de Passeatas dos Cem Mil para derrubar essa lei.
Junto a isso, a mídia patronal deveria recuar e denunciar cada vez mais hospitais sucateados e escolas tomadas por vândalos e criminosos para revelar os prejuízos da "peque".
Se todavia houver resignação social e a mídia patronal descrever o paraíso de contos de fadas do Brasil com menos gastos públicos, os prejuízos serão escondidos debaixo do tapete jornalístico oficial.
Mas o odor fedorento das mazelas causadas entrará pelos lares pelas portas dos fundos, narrando sua tragédia como William Bonner nunca teria coragem de narrar, como a Veja nunca teria coragem de pôr em suas capas.
A PEC do Teto simplesmente irá desmoronar o país.
A casa vai cair com esse "teto". Aliás, as casas de muitos brasileiros.
O furacão Matthew que devastou o Haiti terá concorrente no Brasil: a PEC do Teto.
O urso do Pólo Norte teve que se virar com uma pedra de gelo em descongelamento.
O povo brasileiro vai ter que se virar com o congelamento dos gastos públicos.
Especialistas sérios dizem que a PEC 241 vai inviabilizar o crescimento no Brasil.
Mas Temer não quer saber disso. E com razão, por incrível que pareça.
Afinal, Temer é um político ruim de urnas, um sujeito sem carisma e só é representado por 428 votos de parlamentares.
Para Temer, o povo brasileiro é apenas "um detalhe". Temer não representa a vontade de milhares de brasileiros.
Comentários
Postar um comentário