Pelo ponto de vista dominante, os "valentões" das redes sociais "amadureceram".
Das zoadas ainda nos tempos do Orkut, vieram ataques combinados com "amigos" (entra até quem, mesmo não sendo "zoador de carreira", se simpatiza com o valentão da hora) que se evoluíram para voos mais altos.
Eles foram para as ruas gritar "Fora Dilma", abriram caminho para o retrógrado governo de Michel Temer e abocanharam alguns assentos no Legislativo, que passarão a usufruir no ano que vem.
Os "apartidários" do Movimento Brasil Livre, Revoltados On Line, Acorda Brasil, Vem Pra Rua, Endireita Brasil e outros grupos similares agora são patrocinados pelo governo temeroso.
Grande cinismo o do próprio presidente Michel Temer.
Ele deixa de patrocinar, por conta de meros chiliques ideológicos, jornalistas da mídia progressista do nível dos experientes Paulo Henrique Amorim e Luís Nassif.
Mas patrocina os "indignados", acreditando nos jovens reaças como propagandistas do governo temeroso.
Gente que não tem a menor conexão de realidade. Kim Kataguiri, do MBL, é um exemplo de que esses raivosos mirins escrevem mal e informam pior ainda.
Aliás, desinformam e deformam.
E agora tem até um "youtuber", Arthur, do canal "mamãe falei", que tentou fazer uma "reportagem" sobre as ocupações nas escolas do Paraná, apenas um dos Estados cujos alunos protestam contra o governo.
Sob o ponto de vista de Arthur, é claro, as ocupações são "nocivas" porque "incomodam" aqueles que "querem estudar".
Em outras palavras, como todo manifestante do MBL e similares, ele se sente incomodado com aqueles que querem perturbar a estabilidade forçada do governo Michel Temer.
Segundo informa Eduardo Guimarães, do Blog Cidadania, Arthur é acusado de agredir estudantes e fazer assédio sexual a uma jovem, que registrou boletim de ocorrência.
Apelando pelo tendenciosismo, Arthur também tentou entrevistar pessoas aparentemente tensas ou inseguras, os chamados "ruins de câmera", para dar o tom de dramaticidade da "incômoda" ocupação.
Temer vê nos "indignados" garotos-propagandas do seu governo.
O MBL e grupos associados ou similares estão tentando dar argumentos "positivos" sob a PEC 241, dentro daquela explicação confusa que tenta argumentar "por que limitar gastos públicos não é cortar investimentos".
Uma falácia que, sabemos, não se aplicará na realidade vivida pelos cidadãos.
Os jovens apenas diferem dos tecnocratas solidários a Temer pelo fato de tentar traduzir o economês das explicações "técnicas" para uma linguagem coloquial das mídias sociais.
Só que isso se torna pior, porque, pelo menos, os tecnocratas usam uma "capa" intelectual que, embora com argumentação equivocada, oferecem algum simulacro de credibilidade.
Os "indignados", capazes de espalhar mentiras e calúnias contra quem discorda de seus pontos de vista, é que não oferecem credibilidade.
Se eles obtém prestígio, é pela catarse que suas campanhas raivosas inspiram nas mídias sociais.
Por sorte, eles são ouvidos por multidões devido ao contexto de histerias neoconservadoras.
Eles contribuíram para que a crise mundial do capitalismo fosse diluída numa radicalização desse mesmo capitalismo no Brasil.
O problema é que, com a PEC 241, até os "indignados" sentirão que eles mesmos terão que passar pela peneira.
A direita em geral já começa a se desentender.
MBL contra Olavo de Carvalho, Folha de São Paulo contra Sérgio Moro, O Globo contra o blogue O Antagonista, Gilmar Mendes contra os "tucanados" do Ministério Público.
Daqui a pouco, vão fazer uma versão "coxinha" de Batman X Superman, com o Batman do Leblon enfrentando Sérgio Moro, o juiz com jeito de tira de Hollywood e rosto de super-homem.
Espera-se tudo nesse cenário caótico que hoje vivemos.
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