A JUVENTUDE ESTUDANTIL PROTESTA CONTRA A PEC, COMO NUMA ESCOLA EM BELO HORIZONTE.
A PEC 241 está em tramitação no Senado Federal com altas chances de ser aprovada para ser sancionada pelo presidente da República, Michel Temer.
Temer considera a "peque" o carro-chefe de seu governo.
A mídia venal vai na carona e tenta argumentar as "vantagens" da PEC do Teto.
Usam argumentos confusos, superficiais, contraditórios, que não conseguem esconder os aspectos negativos.
Chegam a dizer que haverá cortes em gastos de infraestrutura e de sustentabilidade ambiental.
Não conseguem dizer se a "peque" é benéfica ou um "mal necessário" para a população.
Não conseguem disfarçar um certo sadismo dizendo que o projeto é apenas para conter "gastos excessivos".
Mas se esquecem, ou ignoram de propósito, de um grande e terrível problema.
A PEC não vai resolver o verdadeiro problema: as dívidas públicas ao Banco Central, cujas taxas são extremamente exageradas.
Temer continuará fazendo chover dinheiro nos cofres dos banqueiros, com uma quantidade bem superior do dinheiro que pretende segurar com a "peque".
Se somar o dinheiro gasto para os juros da dívida pública e as gorjetas generosas de publicidade nas corporações da mídia venal, daria para evitar a PEC 241.
Temer é do tipo de sujeito que quer economizar o que não precisa e gastar o que não deve.
É como um pai que corta a mesada do filho mas torra dinheiro com as festas dos amigos.
Se bem que Michel Temer, como pai, prefere torrar dinheiro dando presentes nababescos para o filhinho homônimo, como títulos de propriedade de imóveis de grande valor no mercado.
Ou reformar a casa para que Michelzinho tenha um quarto de rei.
Muitos filhos de brasileiros comuns estão reagindo contra a "peque". E a lição de aula que recebem, diante de uma Educação que ainda é ameaçada pela tirânica Escola Sem Partido, é ir para a luta.
Cerca de mil escolas públicas em todo o Brasil estão ocupadas por estudantes.
O protesto contra a reforma educacional do governo temeroso reflete a lição aprendida com a História, antes de seu conteúdo pedagógico ser estuprado pela Escola Sem Partido.
Em 1966, começaram os protestos estudantis contra outra reforma educacional, proposta pela ditadura militar.
Cinquenta anos depois, é a vez dos protestos contra a reforma educacional da ditadura político-jurídica.
E, como em outros protestos, mártires surgem de alunos mortos que nada tinham a ver com as manifestações.
Em 1968 tivemos Edson Luís de Lima Souto, no Rio de Janeiro, secundarista e funcionário do restaurante Calabouço, jovem humilde que foi alvo acidental de policiais que atiravam contra universitários em protesto.
Naquele mesmo ano, tivemos José Guimarães, secundarista atingido por um dos tiros dados por estudantes reaças da Universidade Mackenzie, contra os esquerdistas da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, na Rua Maria Antônia, na capital paulista.
Recentemente, no último dia 24, foi o estudante Lucas Eduardo Araújo Mota, numa escola de Curitiba, morto por colega por causa de uma discussão por drogas.
Desta vez não foram os alunos que o transformaram em mártir, como Edson (homenageado depois com o nome de um viaduto situado entre Aeroporto Santos Dumont e o Aterro do Flamengo) e José.
Lucas virou mártir quando o reacionário governador do Paraná, Beto Richa, famoso por ordenar a repressão violenta a professores em passeata, atribuiu a morte do rapaz à falácia de que as ocupações "estavam passando dos limites aceitáveis".
Richa tentou parecer "solidário" com a tragédia, dentro do discurso dissimulado próprio do Brasil temeroso.
Mas ordenou a desocupação imediata das escolas, para "deixá-las funcionar e cumprir o ano letivo".
Até agora, não aconteceu, mas a gente sabe que apelos assim sempre culminarão em alguma ação policial violenta para reintegração de posse.
Vivemos um clima ditatorial bem mais sutil. Em Palmas, Tocantins, estudantes foram retirados algemados de uma escola ocupada.
O promotor inventou que as algemas eram para a "segurança" dos alunos, mas acrescentou que era para evitar que agredissem os policiais que os detiveram.
Uma forma politicamente correta de justificar um ato repressivo.
Voltando ao Paraná, o discurso de Richa, como em todo discurso direitista, tenta minimizar os protestos, dizendo que eles se limitam apenas a uns "poucos desordeiros" ou a uma "saudável manifestação" que deveria ser "a mais inócua possível".
Não dá. Os estudantes sentem o que será a Educação do Brasil temeroso.
Menos investimentos e mais castração de conteúdo, com a Escola Sem Partido, que deveria se chamar Escória Sem Partido.
Serão gerações comprometidas com uma educação mais precária e conteúdo letivo mais ficcional e inofensivo.
Com professores ganhando mal e proibidos de transmitir conhecimentos para seus alunos.
Fora aspectos inofensivos como ensinar a ler, escrever e fazer contas, ou descrever a anatomia humana com frieza cirúrgica, se deixará de aprender sobre a vida, os fatos históricos e a realidade cultural.
O comprometimento de gerações será comparável ao da ditadura militar, cujos estragos a gente percebe hoje.
Uma geração de cerca de 55, 65 anos de idade que, salvo honrosas exceções, é vergonhosamente imatura e completamente insegura de si, atuando em cargos de liderança e influência diversos.
Eles eram os estudantes da ditadura militar e seu castrador projeto educacional.
Com o Brasil temeroso, teremos mais gerações de grisalhos totalmente despreparados para trazer alguma lição de vida para os mais jovens.
Daí que os jovens de hoje têm que aprender a vida pelos próprios neurônios, para não serem, no futuro, velhos incapazes de ensinar até o óbvio.
A PEC 241 está em tramitação no Senado Federal com altas chances de ser aprovada para ser sancionada pelo presidente da República, Michel Temer.
Temer considera a "peque" o carro-chefe de seu governo.
A mídia venal vai na carona e tenta argumentar as "vantagens" da PEC do Teto.
Usam argumentos confusos, superficiais, contraditórios, que não conseguem esconder os aspectos negativos.
Chegam a dizer que haverá cortes em gastos de infraestrutura e de sustentabilidade ambiental.
Não conseguem dizer se a "peque" é benéfica ou um "mal necessário" para a população.
Não conseguem disfarçar um certo sadismo dizendo que o projeto é apenas para conter "gastos excessivos".
Mas se esquecem, ou ignoram de propósito, de um grande e terrível problema.
A PEC não vai resolver o verdadeiro problema: as dívidas públicas ao Banco Central, cujas taxas são extremamente exageradas.
Temer continuará fazendo chover dinheiro nos cofres dos banqueiros, com uma quantidade bem superior do dinheiro que pretende segurar com a "peque".
Se somar o dinheiro gasto para os juros da dívida pública e as gorjetas generosas de publicidade nas corporações da mídia venal, daria para evitar a PEC 241.
Temer é do tipo de sujeito que quer economizar o que não precisa e gastar o que não deve.
É como um pai que corta a mesada do filho mas torra dinheiro com as festas dos amigos.
Se bem que Michel Temer, como pai, prefere torrar dinheiro dando presentes nababescos para o filhinho homônimo, como títulos de propriedade de imóveis de grande valor no mercado.
Ou reformar a casa para que Michelzinho tenha um quarto de rei.
Muitos filhos de brasileiros comuns estão reagindo contra a "peque". E a lição de aula que recebem, diante de uma Educação que ainda é ameaçada pela tirânica Escola Sem Partido, é ir para a luta.
Cerca de mil escolas públicas em todo o Brasil estão ocupadas por estudantes.
O protesto contra a reforma educacional do governo temeroso reflete a lição aprendida com a História, antes de seu conteúdo pedagógico ser estuprado pela Escola Sem Partido.
Em 1966, começaram os protestos estudantis contra outra reforma educacional, proposta pela ditadura militar.
Cinquenta anos depois, é a vez dos protestos contra a reforma educacional da ditadura político-jurídica.
E, como em outros protestos, mártires surgem de alunos mortos que nada tinham a ver com as manifestações.
Em 1968 tivemos Edson Luís de Lima Souto, no Rio de Janeiro, secundarista e funcionário do restaurante Calabouço, jovem humilde que foi alvo acidental de policiais que atiravam contra universitários em protesto.
Naquele mesmo ano, tivemos José Guimarães, secundarista atingido por um dos tiros dados por estudantes reaças da Universidade Mackenzie, contra os esquerdistas da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, na Rua Maria Antônia, na capital paulista.
Recentemente, no último dia 24, foi o estudante Lucas Eduardo Araújo Mota, numa escola de Curitiba, morto por colega por causa de uma discussão por drogas.
Desta vez não foram os alunos que o transformaram em mártir, como Edson (homenageado depois com o nome de um viaduto situado entre Aeroporto Santos Dumont e o Aterro do Flamengo) e José.
Lucas virou mártir quando o reacionário governador do Paraná, Beto Richa, famoso por ordenar a repressão violenta a professores em passeata, atribuiu a morte do rapaz à falácia de que as ocupações "estavam passando dos limites aceitáveis".
Richa tentou parecer "solidário" com a tragédia, dentro do discurso dissimulado próprio do Brasil temeroso.
Mas ordenou a desocupação imediata das escolas, para "deixá-las funcionar e cumprir o ano letivo".
Até agora, não aconteceu, mas a gente sabe que apelos assim sempre culminarão em alguma ação policial violenta para reintegração de posse.
Vivemos um clima ditatorial bem mais sutil. Em Palmas, Tocantins, estudantes foram retirados algemados de uma escola ocupada.
O promotor inventou que as algemas eram para a "segurança" dos alunos, mas acrescentou que era para evitar que agredissem os policiais que os detiveram.
Uma forma politicamente correta de justificar um ato repressivo.
Voltando ao Paraná, o discurso de Richa, como em todo discurso direitista, tenta minimizar os protestos, dizendo que eles se limitam apenas a uns "poucos desordeiros" ou a uma "saudável manifestação" que deveria ser "a mais inócua possível".
Não dá. Os estudantes sentem o que será a Educação do Brasil temeroso.
Menos investimentos e mais castração de conteúdo, com a Escola Sem Partido, que deveria se chamar Escória Sem Partido.
Serão gerações comprometidas com uma educação mais precária e conteúdo letivo mais ficcional e inofensivo.
Com professores ganhando mal e proibidos de transmitir conhecimentos para seus alunos.
Fora aspectos inofensivos como ensinar a ler, escrever e fazer contas, ou descrever a anatomia humana com frieza cirúrgica, se deixará de aprender sobre a vida, os fatos históricos e a realidade cultural.
O comprometimento de gerações será comparável ao da ditadura militar, cujos estragos a gente percebe hoje.
Uma geração de cerca de 55, 65 anos de idade que, salvo honrosas exceções, é vergonhosamente imatura e completamente insegura de si, atuando em cargos de liderança e influência diversos.
Eles eram os estudantes da ditadura militar e seu castrador projeto educacional.
Com o Brasil temeroso, teremos mais gerações de grisalhos totalmente despreparados para trazer alguma lição de vida para os mais jovens.
Daí que os jovens de hoje têm que aprender a vida pelos próprios neurônios, para não serem, no futuro, velhos incapazes de ensinar até o óbvio.
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