O "funk" é discriminado pela grande mídia? Nunca foi. Ele apavorava os barões midiáticos? De jeito nenhum. O "funk" é realmente a favor da regulação da mídia? Nunca, porque seria destruir seus mais cobiçados espaços de divulgação.
Não vamos falar aqui das associações do "funk" com a Folha de São Paulo, outra grande divulgadora do gênero, e da revista Veja, que chocou a intelectualidade "bacana" com uma matéria elogiosa e capa dada ao MC Guimê, ícone do "funk ostentação" (derivado paulista do "funk carioca"), já que o foco é com as Organizações Globo, cujo apoio ao "funk" não deveria ser subestimado nem desprezado pela mídia esquerdista.
Elaboramos aqui uma longa lista provando as alianças entre o "funk" e a maior das corporações midiáticas, a Rede Globo, com base em dados concretos, o que prova em definitivo o vínculo que o ritmo tem com o coronelismo midiático.
A visão pode desagradar muita gente, mas se trata de fatos e não "juízos de valor de gente chata". Daí que o sucesso do "funk carioca" seria impossível se não tivesse o dedo de Roberto Marinho e seus filhos. Vamos à lista:
1) Seus DJs mais veteranos, DJ Marlboro e Rômulo Costa (Furacão 2000) foram contratados pelo braço fonográfico das Organizações Globo, a Som Livre;
2) A hoje extinta rádio 98 FM, mais tarde Beat 98, foi um dos maiores espaços de divulgação do gênero;
3) O primeiro programa de TV que impulsionou o sucesso do "funk" para além de seus redutos foi o Xou da Xuxa, de Xuxa Meneghel;
4) Nos últimos anos, o apresentador que mais apoiou o "funk" foi o Luciano Huck, através do Caldeirão do Huck. O sucesso de Mr. Catra, por exemplo, só foi possível com este programa, que inspirou nos funqueiros a gíria "é o caldeirão", que quer dizer "é o máximo";
5) Entre 2003 e 2006, a presença do "funk" nos veículos das Organizações Globo foi quase total, com personagens criados por encomenda em novelas e humorísticos e espaço até na revista Quem Acontece, no canal Futura e na Globo News;
6) Nota-se, por exemplo, a ênfase no "funk" em atrações como matérias do Globo Esporte e em núcleos pobres em novelas da Rede Globo de Televisão;
7) O ex-presidente da APAFUNK (Associação de Profissionais e Amigos do Funk), MC Leonardo (colunista de Expresso, jornal popularesco das Organizações Globo), foi redescoberto pelo cineasta José Padilha, do Instituto Millenium, através de um antigo sucesso da dupla de irmãos MC Júnior e MC Leonardo, "Rap das Armas";
8) As primeiras reportagens definindo o "funk" como um "movimento ativista e cultural" foram publicadas no Segundo Caderno de O Globo, por volta de 2003;
9) O Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR), sustentado pela Fundação Roberto Marinho, usou um grupo de "funk" para abrir uma exposição sob a artista Josephine Baker;
10) Existe um sucesso de "funk" intitulado "Aquecimento da Globo", no qual o famoso som da vinheta "plim-plim" é usado na mixagem;
11) O "funk" é o ritmo mais usado nas festas do Big Brother Brasil;
12) O antropólogo Hermano Vianna, ligado a intelectuais do PSDB (foi orientado, na pós-graduação, por Gilberto Velho, ligado à falecida ex-primeira-dama do governo FHC, Ruth Cardoso), é produtor dos programas de Regina Casé que divulgam o "funk" (como Central da Periferia e Esquenta!) e apresenta o Navegador do canal Globo News;
13) O documentário Sou Feia Mas Tô Na Moda, da ex-jornalista da RBS (parceira gaúcha das Organizações Globo), Denise Garcia, teve o apoio da Globo Filmes, mas ele não foi creditado para não despertar suspeitas de monopólio no mercado cinematográfico;
14) O Rio Parada Funk, que a princípio relutou em assumir seus patrocinadores, admitiu oficialmente o patrocínio da Rede Globo, que no Rio de Janeiro está por trás de todos os eventos de ponta que incluam o "funk carioca".
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