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"HERÓIS" DO "FORA DILMA" COMEÇAM A PERDER TERRENO


Consumado o golpe político-jurídico que levou ao atual governo de Michel Temer, é hora de dispensar os "bravateiros úteis".

Recentemente, o policial federal Newton Ishii, que era conhecido como "Japonês da Federal", foi preso em Curitiba, acusado de facilitar a ação de contrabando.

Janaína Paschoal, a histérica advogada que havia assinado, junto com o jurista Hélio Bicudo, um pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, também foi abandonada pela "nação coxinha".

Nem todos os aliados do golpe político-jurídico conseguiram lugares na equipe governamental de Temer.

Paulinho da Força, líder da Força Sindical, está preocupado em não poder pegar sua fatia do bolo.

Kim Kataguiri, o "líder estudantil" do Movimento Brasil Livre, parece contar os dias para deixar de ser colunista da Folha de São Paulo, quando a "poeira" assentar.

Até porque o "calunista" de "kimta katiguria" não é bem querido sequer pelos colegas da FSP.

E, no caso de Dilma não recuperar o poder, a Folha não precisará mais desse pregador de meia-tigela.

Se depender de Michel Temer e companhia, só ficarão os "caciques", os rentistas, os financistas em geral e os barões midiáticos.

João Roberto Marinho pode dormir tranquilo tendo uma boa parcela de brasileiros sob seu controle pessoal.

Temer primeiro promove uma faxina "à esquerda", destituindo muitos diretores e coordenadores que haviam sido nomeados pelo governo Dilma Rousseff.

Mas, depois, farão uma faxina "à direita", já que não terá dinheiro para todo o mundo.

Se o Brasil perdeu uma chance de se tornar um país desenvolvido, uma minoria plutocrática quer manter seu padrão estadunidense de vida.

Por isso, a classe média ou mesmo os lambedores de gravatas das classes populares não verão a cor do dinheiro.

Serão dispensados como crianças que, primeiro receberam o carinho dos adultos quando apresentadas pelos pais, depois empurradas por estes para irem brincar e deixar "a gente grande em paz".

A essas alturas, o Pato da FIESP pode ser perfurado à vontade.

Até se for feita uma cerimônia com as presenças do próprio Michel Temer ou de João Roberto Marinho, abraçados a um jurista entucanado como Gilmar Mendes.

Por enquanto, os aliados de Temer buscam salvar a pele de Eduardo Cunha, um dos chefs do receituário temeroso servido de bandeja para a sociedade brasileira.

E deixam Jair Bolsonaro no banco de reserva, para caso a crise se tornar insustentável.

As pessoas não desconfiam, ficam felizes na poltrona da sala de suas casas.

Hipnotizadas pela Rede Globo, Globo News, revista Veja, rádio Jovem Pan (para não dizer as "rebeldes" 89 FM e a carioca Rádio Cidade, no fundo "satélites" do mundo pandemônico de Tutinha), as pessoas aceitam o governo Temer sem saber das armadilhas explosivas que armam.

Isso porque não será a classe média a maior beneficiada por esse embuste político.

Pelo contrário, ela será a mais prejudicada.

Vamos lembrar da canção "Classe Média", do obscuro grupo dos anos 80 Lado B, surgido na mesma Curitiba do "quartel-general" da Operação Lava-Jato.

"Já foram classe média / Puderam aproveitar bem mais / Hoje não sabem o que são mais / E ainda reclamam dos marginais", escreveu e cantou o vocalista e guitarrista Fabrício de Oliveira, em 1985, quando o hoje juiz Sérgio Moro não era mais do que um adolescente.

A "austeridade" do governo Michel Temer tem pouco a ver com a competência administrativa, que, aliás, demonstrou não ter.

Até o "competente" Henrique Meirelles anda brincando de bicicleta com dados fiscais, a mesma atitude que virou pretexto para tirar Dilma Rousseff do poder.

A "austeridade" está em impor prejuízos aos brasileiros. Já nem se fala em "sacrifícios", porque isso virou clichê e perdeu o sentido de alerta.

A ideia é beneficiar os poucos que mantém a maior fatia do bolo econômico.

Isso inclui não oferecer caviar com Moet Chandon para os "coxinhas".

Vai ser como o general Olímpio Mourão Filho, que fez o golpe militar de 1964 e foi deixado de lado.

Ou como Carlos Lacerda, que defendeu tanto o golpe de 1964 mas os militares não lhe devolveram a chance de concorrer para as eleições presidenciais de 1965, que foram abortadas.

Quanto ao general Olímpio, ele se considerou uma "vaca fardada".

Alusão para as vacas de presépios natalinos, que só servem para enfeite.

Os "coxinhas" serão as "vacas verde-e-amarelo", aos poucos sendo deixadas de lado.

Até sobrarem apenas os plutocratas em geral e seus porta-vozes do coronelismo midiático nacional e regional.

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