Um dos maiores "heróis" do público que festejou o "Tchau, Querida" de Dilma Rousseff e fica vibrando "Avante, Temer" na Internet, Henrique Meirelles, é uma das figuras mais perigosas do país.
Aparentemente, o fato dele já ter atuado no governo Lula como presidente do Banco Central poderia não oferecer risco à população.
Mas hoje ele comanda um projeto radicalmente neoliberal do governo Michel Temer, o interino que se julga "efetivo".
Meirelles já começou sua atuação fazendo "pedaladas fiscais", o mesmo motivo supostamente atribuído à equipe de Dilma que foi a "razão" pela campanha pelo afastamento dela.
Alterou a meta fiscal de R$ 114 bilhões para R$ 170,7 bilhões.
Mas isso é "pedalada fiscal"? Não é transferir recursos de um setor para outro?
Aí é que entram as pedaladas.
Henrique Meirelles criou um rombo fictício para justificar o corte em investimentos sociais e a transferência de recursos para salvar a indústria.
Significa transferir recursos de um setor para outro.
Primeiro, deixar de investir na Saúde e na Educação, embora Temer tenha recuado e prometido a continuidade desses investimentos.
Depois, passar a investir em medidas de salvação da indústria e de fortalecimento do setor privado, ironicamente estimulando empresas a investir na Saúde e na Educação.
É aquele mesmo papo: hospitais e escolas públicos sucateados, hospitais e escolas privados, ainda que deficitários, em condição financeira mais favorável.
As famílias que paguem altas mensalidades para o atendimento médico das pessoas ou o aprendizado dos filhos.
Dinheiro que vai para os paletós caros dos médicos mais badalados desfilarem com suas belas esposas nas festas de gala nas colunas sociais.
Dinheiro que vai para os paletós dos empresários-professores se exibirem em seminários caríssimos realizados em hotéis cinco-estrelas.
Na Economia, o governo Temer disse a que veio.
De repente, os preços dos produtos perderam o controle.
Mas, para quem apoiou Temer, isso não tem importância.
Até porque essa "sociedade" gasta muito dinheiro com supérfluos.
Compram cigarros e torram dinheiro em tatuagens.
Tanto faz, para eles, se uma cesta básica aumentou de R$ 150 para R$ 250.
Infelizmente, o governo Temer veio para governar para os ricos.
Mas a sociedade conservadora quer isso mesmo.
Prefere que os ricos recuperem o glamour perdido do que o povo em geral ter qualidade de vida.
Desde que a Economia esteja bem, as classes populares podem sofrer seus prejuízos sociais, segundo o que quer a sociedade do "Tchau, Querida".
Os privilégios das elites é que importa.
Justiça social e qualidade de vida são só "uns detalhes".
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