O "herói" da sociedade midiotizada que vai feliz ver o Jornal Nacional falando das mentiras de sempre, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, soltou uma bomba para o país.
Bomba não no sentido de imprevisto, pois já era esperado, mas no sentido dos danos que pode causar para a nação.
A bomba em questão é o descontentamento dele com a Constituição de 1988.
Ele acha que a Carta Magna está dificultando a realização de seu plano de "combate à crise econômica".
"Ou mudamos a Constituição, ou não resolveremos a dívida da União", afirmou o ministro em entrevista ao canal Globo News.
Ele alega que a Constituição prevê muitos gastos em Saúde e Educação, que Meirelles acha "desnecessários".
É claro que ele pensa assim.
Seu projeto econômico é ultraliberal, voltado aos grandes empresários, aristocratas, investidores, rentistas.
E é evidente que ele não tem o menor interesse com os gastos sociais.
O cidadão que, feliz, vê os noticiários da Rede Globo ou Globo News e se arroga em ter a revista Veja como importante fonte de informação, não sabe a traição que recebe.
Mesmo a classe média que pediu o "Fora Dilma" foi apunhalada pelas costas.
Vide o Movimento Brasil Livre, que, à deriva, terá seu barco deixado de fora da esquadra que fez Dilma Rousseff ser afastada da presidência para dar lugar a Michel Temer, o interino que se proclama "efetivo".
Com o depoimento de Henrique Meirelles, os gastos sociais serão reduzidos.
E quem imagina que somente os pobres sofrerão, se engana.
Geralmente, a classe média paga o "pato" junto das classes populares.
Com a redução dos investimentos na Saúde e Educação públicas, teremos agravados os costumeiros problemas nesses setores através de serviços estatais.
Se até na saúde privada, se observam distorções como demora no atendimento, salas de espera superlotadas e muita burocracia desnecessária, imagine na saúde pública.
E na Educação?
Se até as escolas particulares fingem que ensinam, e, quando ensinam, só visam a formação para o mercado, não impedindo que jovens escrevam mal e raciocinem pior ainda, quanto mais na educação pública.
Se fosse num governo realmente progressista, haveria mais gastos públicos em Saúde e Educação e as melhorias nesses setores seriam incalculáveis.
Nos países desenvolvidos, há serviços públicos de Saúde e Educação de qualidade.
Mas o Brasil se recusou a ser um país desenvolvido.
Por vários aspectos.
Só para citar os principais, há a ganância de uma pequena minoria de ricos que querem ter um "padrão Primeiro Mundo" só para eles.
É para elas que Michel Temer quer governar.
Com o "super-ministro" Henrique Meirelles tentando abafar a onda de escândalos políticos cujas denúncias respingam até na mídia privada solidária ao presidente interino.
Quanto ao brasileiro comum, a notícia dos cortes da Saúde e da Educação é mais uma entre as muitas más notícias que vêm por aí.
O Brasil estará condenado a ser definitivamente burro, doente e pobre. A não ser que a multidão intensifique seus protestos contra o governo temeroso.
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