Não se fala outra coisa nos bastidores da política.
Aécio Neves é um dos políticos mais envolvidos em corrupção no país.
O candidato derrotado de 2014, único político do PSDB que poderia ter algum apelo entre os jovens, até por ser amigo de Luciano Huck, é um dos maiores indiciados pela Operação Lava-Jato.
Sozinho, Aécio praticou mais corrupção do que aquela que se atribui de forma generalizada ao PT.
Um dos delatores afirmou que Aécio era "chato" para cobrar propinas.
O mesmo Aécio que, quando Dilma estava no poder, era um crítico ferrenho do governo, praticamente se ostentando diante das câmeras de tevê.
Dizia-se um enérgico opositor da corrupção.
Era um herói dos que pediam o "Fora Dilma" e pediam um hilário terceiro turno.
Isso sem poder convencer que o projeto eleitoral de Aécio Neves seria melhor para o país.
Até tiveram direito para isso. Em dois turnos.
Apesar do programa de governo de Aécio Neves ser indigesto para a maioria dos brasileiros.
Por razões óbvias: um programa de governo feito mais para empresários e gente rica.
Aécio seria um dos "heróis" do governo interino de Michel Temer.
Os dois até deram os braços, politicamente "enamorados".
Aécio combinava seu projeto de governo de 2014 com as "pautas-bombas" de Eduardo Cunha.
Como governador de Minas Gerais, Aécio já fazia o que se observa no âmbito nacional.
Cooptou setores do Poder Judiciário estadual para colaborar na demissão de jornalistas e no processo contra uma edição local de Brasil de Fato que denunciava desvio de verbas públicas para a saúde.
No cargo, Aécio usava dinheiro público para fazer viagens ao Rio de Janeiro, sustentar uma rádio afiliada da Rede Jovem Pan e construir cinco aeroportos particulares, entre eles o de Claudio.
São aeroportos próximos às propriedades de sua família.
Aécio também participou de esquemas de corrupção da Petrobras, era parceiro do doleiro Alberto Yousseff e do esquema de Marcos Valério, conhecido como "mensalão".
Na primeira gravação divulgada pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, a conversa que este teve com Romero Jucá, os dois comentaram que Aécio seria o primeiro a cair se a Lava-Jato atingisse os políticos do PSDB.
Quatro delatores interrogados na Operação Lava-Jato citaram Aécio Neves: além de Sérgio Machado, o senador cassado Delcídio Amaral, o lobista Fernando Moura e Alberto Yousseff.
Aécio se esforça em tentar desmentir escândalos de corrupção.
Mas, agora, parece que ele se contém nas aparições da grande mídia.
A grande mídia até cita acusações de corrupção contra Aécio.
Mas tenta salvar a pele, fazendo até manobras editoriais nas reportagens.
Como, por exemplo, editar para que o depoimento de Aécio sempre apareça no final, sob o pretexto de que ele recorreu à Justiça para "provar sua inocência".
Diante da crise do governo de Michel Temer, Aécio tenta, diante do barco furado, sentar no lado que afundará por último.
Com isso, aparece pouco na mídia para o público não notar.
Pretende poupar a imagem para voltar triunfante no próximo espetáculo.
Isso se ele não "for comido" pelos escândalos que hoje se acumulam.
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