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PRISÃO DE PAULO BERNARDO PODE SER PRESSÃO PSICOLÓGICA CONTRA DILMA ROUSSEFF

PRISÃO DE PAULO BERNARDO PODE AFETAR REPUTAÇÃO DA ESPOSA, SENADORA GLEISI HOFFMAN, QUE DEFENDE DILMA NA CASA LEGISLATIVA.

O ex-ministro dos governos de Lula e Dilma Rousseff, Paulo Bernardo, foi um dos presos na recente série de prisões, em algumas capitais do país, comandada pela Operação Lava-Jato.

Outras pessoas também foram presas ou chamadas a depor pela condução coercitiva. Um jornalista do portal Brasil 247, Leonardo Attuch, foi chamado a depor, sob acusação de suposta propina.

Houve também apreensões na sede do Partido dos Trabalhadores, que mais pareciam empastelamentos vindos de algum partido adversário (PMDB ou PSDB).

Os detidos ou convocados são acusados de supostas operações de propina. Mas a prisão de Paulo Bernardo pode ter um lado oculto.

É uma dupla pressão psicológica.

A pressão atinge direta e indiretamente a presidenta Dilma Rousseff, que irá depor no próximo dia 06 na comissão que analisa o processo de impeachment no Senado Federal.

Indiretamente, porque Paulo é marido da senadora Gleisi Hoffman, principal defensora de Dilma Rousseff na respectiva casa legislativa.

Diretamente, pelo fato de que Paulo é ex-ministro de Dilma Rousseff.

Paulo e Gleisi são acusados de esquemas de corrupção no Paraná.

Escândalos vagamente denunciados, mas que a Lava-Jato achou "suficientes" para prisão do ex-ministro, que estranhou a medida, porque ele sempre se dispôs a prestar depoimentos sobre o caso.

Afinal, se for por esses critérios, o senador Aécio Neves também seria preso.

Sobre Aécio pesam vários e mais graves esquemas de corrupção.

Ele também está indiciado na Lava-Jato e até agora nem condução coercitiva para depoimento ele recebeu.

Aécio, segundo os bastidores políticos revelam, tem uma ficha suja de tantos escândalos políticos.

E os indícios ainda são muito mais prováveis, não são boatos de opositores.

Romero Jucá, peemedebista que havia se juntado aos tucanos para a mobilização do afastamento de Dilma Rousseff do governo, já havia dito que, no PSDB, todo mundo estava ameaçado a cair se fosse investigado pela Lava-Jato.

Aloísio Nunes, José Serra, e, principalmente, Aécio Neves, que seria o primeiro a cair.

Aloísio e Serra são hoje homens do governo Michel Temer.

Aloísio é líder do governo Temer no Senado Federal. Serra é Ministro das Relações Exteriores.

O primeiro, articulando as relações do governo interino com os senadores. O segundo, tentando promover uma imagem "positiva" do governo Michel Temer frente aos países mais ricos.

A direita esnoba dizendo que as acusações contra Aécio Neves são boatos.

Mas até seus aliados andam falando delas nos bastidores. A revelação de Jucá é só uma amostra.

Se vazarem todas as conversas, até Fernando Henrique Cardoso leva tombo.

O PSDB paulista já está encrencado com o esquema envolvendo licitação de metrô paulistano e na compra de votos para a reeleição de FHC.

Mário Covas e Sérgio Guerra foram para o além deixando também seus legados de vergonhosa corrupção.

Mário Covas no "Trensalão" e Sérgio Guerra na Lava-Jato.

E, no entanto, ninguém mexe nos tucanos.

Mas Paulo Bernardo é preso por uma acusação vaga e muito mal explicada.

Sendo marido da senadora que defende Dilma Rousseff, estando Paulo preso, a pressão contra a presidenta será intensa.

A grande mídia, que é dada a mentir, se for preciso, vai pressionar muito mais.

Até forçarem o Senado Federal a ter o quórum necessário para o impeachment definitivo.

E, a partir daí, o Brasil irá "descer até o chão", com a pinguela para o passado chamada "Ponte para o Futuro".

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