O jornalista Jânio de Freitas, experiente e com uma lucidez cada vez mais rara na grande imprensa, definiu o processo político de hoje como uma hipocrisia.
Vemos um jogo grotesco da plutocracia querendo afastar Dilma Rousseff "dilma vez" e botar Michel Temer para (des)governar o Brasil.
O PSDB está cobrando a realização do Plano Temer ou "Ponte para o Futuro" (ou melhor, "pinguela para o passado").
Afinal, é o programa eleitoral de Aécio Neves para 2014, misturado com aspectos das "pautas-bombas" do deputado afastado Eduardo Cunha.
O presidente do Senado e, por conseguinte, do Congresso Nacional, Renan Calheiros, quer apressar o julgamento final do impeachment de Dilma Rousseff.
Querem deixar o julgamento da cassação de Eduardo Cunha para depois.
Se Cunha for julgado primeiro, Cunha irá divulgar seu dossiê.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados e marido da ex-jornalista Cláudia Cruz prepara um relatório sobre o que ele sabe dos seus ex-aliados.
Cunha já avisou que pretende derrubar até mesmo Michel Temer.
Antes que ele "entregue" todo mundo, a plutocracia precisa tirar Dilma Rousseff.
Mas aí, quem correrá o risco é Michel Temer.
Só que isso é compreensível, afinal o Brasil está desgovernado, mesmo.
Infelizmente, muitos brasileiros terão que sofrer um tratamento de choque.
Ficam felizes vendo televisão e WhatsApp, acreditando nas mentiras que os telejornais dizem.
Ficam felizes em ver Henrique Meirelles disfarçando suas intenções malignas falando economês.
Precisam desse choque, já que tudo que querem é ver Dilma Rousseff fora do poder.
Que essas pessoas tranquilas se preparem para o novo malabarismo.
Usar o celular com uma mão e a ferramenta de trabalho com outra.
Se depois de 14 horas de trabalho diário tudo ficar bem feito, quem sabe sobrará para fazer uma selfie com o patrão.
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