Pressão total entre os plutocratas.
Nos últimos dias, houve quem pedisse a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, para enfraquecer a esposa e senadora Gleisi Hoffman e empurrar o Senado para votar pelo impeachment definitivo da presidenta Dilma Rousseff.
E um manifesto do Ministério Público Federal contra o processo que o ex-presidente Lula moveu contra os abusos de Sérgio Moro.
Enquanto isso, o juiz maringaense fugiu a uma pergunta sobre sua parcialidade, quando era interrogado na Câmara dos Deputados.
Depois de fazer um discurso sobre um tal "pacote anti-corrupção", Moro se embolou depois que a questão de sua parcialidade veio do deputado Paulo Pimenta.
"Não respondo casos concretos", enrolou ele, e depois foi embora.
Mais tarde, Moro defendeu a flexibilização das leis brasileiras, para que possam ser aceitas "provas ilícitas obtidas com boa-fé".
Ele diz ter baseado na "jurisprudência norte-americana".
Esqueceu que prova ilícita anula o processo jurídico.
Foi uma desculpa para ele forçar a barra e permitir que se inventem crimes contra o PT.
A truculência tomou conta do Legislativo e do Judiciário, que se acham acima do próprio mundo.
Querem pressionar de todas as formas para Dilma Rousseff ser finalmente expulsa do poder.
E vão abrir o caminho para o programa conservador de Michel Temer.
Só que recomeçou a temporada de protestos.
E o de Copacabana, no Rio de Janeiro, fez até desviar a rota da tocha olímpica.
Gritos de "Fora Temer" já eram timidamente ecoados, mas em Copacabana voltou a ecoar mais forte.
Mas o grande problema é que os próprios plutocratas parecem ter sangue de barata. Inclusive o próprio Michel Temer.
Ele até pediu para não ser anunciado na abertura da Rio 2016, para não receber vaias.
A festa acabou sendo bem-sucedida, praticamente apagando o presidente sem brilho.
Depois das Olimpíadas, haverá os preparativos para a triste votação.
Em que os oposicionistas, com um Antônio Anastasia encharcado de corrupção, votando pelo "Fora Dilma" definitivo.
O Brasil ficará cada vez mais temeroso. Com a plutocracia indiferente aos protestos do povo.
Apesar da breve e relativa imponência dos Jogos Olímpicos, a crise continua no país.
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