MICHEL TEMER CHEGOU AO PODER SEM REPRESENTAÇÃO POPULAR.
A moda agora é o não-protagonismo.
Qualquer causa ou projeto deve ser feito por gente não-especializada, a não ser quando a tecnocracia ou a plutocracia exigem especialização ou representatividade.
De repente uma parcela da sociedade brasileira passou a defender causas que devem ser representadas por gente "de fora", que não as vivenciou.
Isso se torna claro na chamada "cultura popular".
Embora os ídolos "populares demais" do brega-popularesco tenham algum vínculo sociológico com as classes populares, eles atuam numa "cultura" organizada pelo empresariado.
Mesmo os supostamente humildes empresários do entretenimento "popular" se equiparam a capatazes de fazendas, a origem humilde de muitos deles não os impede de vinculá-los à plutocracia do lazer e da mídia.
Até porque eles se tornaram muito, muito, muito ricos.
No "funk", isso funciona, até de maneira mais escancarada, apesar de todo o esforço de colocar o povo pobre num falso protagonismo sócio-cultural e político.
Isso porque tudo não passa de uma estratégia de marketing para garantir o lucro dos milionários empresários-DJs do gênero.
Mesmo o feminismo, a cidadania e os problemas comunitários viram "mercadoria" na máquina de fazer dinheiro do "funk".
O povo pobre apenas aparece como porta-voz de um espetáculo movido pelas equipes de som e agências de famosos.
Não é o povo que fala por si, mas uma emissão de uma mensagem previamente elaborada pelos adeptos do "deus mercado".
No Brasil de Michel Temer, o povo pobre, que já não era o protagonista, mas o boneco de ventríloquo da pseudo-cultura do "popular demais", nem chega a ser figurante da chamada "ponte para o futuro".
A PEC 241, agora a PEC 55 do Senado, passa bem longe dos anseios das classes populares.
Aliás, a PEC do Teto, sendo mais direto, vai contra tais anseios.
É como um orçamento apertado para o qual as pessoas têm que se virar gastando pouco para muita coisa.
Mas se o povo pobre perdeu o protagonismo, nem os jovens rebeldes escaparam da falta de protagonismo.
Recentemente, o rádio do Rio de Janeiro teve a lamentável experiência da Rádio Cidade.
A emissora até se esforçou em vender uma imagem de "rádio de rock séria", numa leve diferença com a 89 FM, cada vez mais parecida com a Jovem Pan.
O grande problema é que a Rádio Cidade, não bastasse nunca ter tido um bom histórico como rádio de rock (ela surgiu como rádio pop), tinha uma equipe sem especialização no ramo.
O não-protagonismo atingia até a coordenação, nas mãos de um especialista não em rock, mas em "sertanejo universitário".
Os locutores foram avisados em última hora que não tinham que falar com o jeitão histérico ou abobalhado das FMs pop convencionais, mas era tarde demais.
E o repertório era fraco, porque se limitava apenas aos hits. Não tinha programas de tendências de rock, mas apenas programas de "grandes sucessos" e de humor besteirol nada roqueiro.
Mesmo assim, a Rádio Cidade queria ser levada a sério, e nesses dois anos, entre 2014 e 2016, era respeitada até pelos órfãos da Fluminense FM.
A Cidade queria ser "mais Fluminense FM" que a própria Fluminense FM, mesmo com esse desempenho fraco.
Tinha que sucumbir. Chegou um momento em que os radialistas pop da Cidade eram pressionados a ser o que nunca eram, pois eles nunca viviam a cultura rock no seu cotidiano.
Eles mesmos não aguentaram fazer o papel de "roqueirões", por mais que até Maurício Valladares dava sinal verde para a encenação.
É uma dura lição que serve para outros casos. Parecia que a Rádio Cidade, que em sua fase "roqueira" foi famosa pelos ouvintes reacionários, previu o desastre do governo Temer.
A falta de protagonismo, a causa representada por "gente de fora" só em alguns casos pode significar novas experiências, novas lições.
Mas isso é exceção. A regra é que o não-protagonismo sempre causa prejuízos de alguma espécie, porque o "não-especialista" nunca entende a causa que diz e assumiu representar.
Michel Temer tenta agora argumentar que os últimos resultados eleitorais respaldam o seu governo.
Como se ele tivesse algum respaldo popular tardio. Não tem.
O que ocorreu foi um modismo de neoconservadorismo que faz as pessoas terem que nadar com a corrente das elites.
A grande mídia tem o poder econômico e a máquina publicitária, podem incitar o povo a apoiar medidas antipopulares, nocivas para o próprio povo.
A grande mídia perdeu o escrúpulo de mentir, de desinformar, de deformar.
Ela criou um Brasil fictício do qual o povo se tornou refém.
Daí a necessidade de pedir ao povo para apoiar a PEC do Teto que vai contra os interesses do povo.
E diante desse estrangulamento econômico, a iniciativa privada quer fazer mais uma farra com o dinheiro suado dos brasileiros.
O governo de Michel Temer só representa as elites ricas. Que são apenas uma minoria no Brasil.
Mas o que é o Brasil mesmo para quem só conhece o país pela tela suja da Rede Globo?
A moda agora é o não-protagonismo.
Qualquer causa ou projeto deve ser feito por gente não-especializada, a não ser quando a tecnocracia ou a plutocracia exigem especialização ou representatividade.
De repente uma parcela da sociedade brasileira passou a defender causas que devem ser representadas por gente "de fora", que não as vivenciou.
Isso se torna claro na chamada "cultura popular".
Embora os ídolos "populares demais" do brega-popularesco tenham algum vínculo sociológico com as classes populares, eles atuam numa "cultura" organizada pelo empresariado.
Mesmo os supostamente humildes empresários do entretenimento "popular" se equiparam a capatazes de fazendas, a origem humilde de muitos deles não os impede de vinculá-los à plutocracia do lazer e da mídia.
Até porque eles se tornaram muito, muito, muito ricos.
No "funk", isso funciona, até de maneira mais escancarada, apesar de todo o esforço de colocar o povo pobre num falso protagonismo sócio-cultural e político.
Isso porque tudo não passa de uma estratégia de marketing para garantir o lucro dos milionários empresários-DJs do gênero.
Mesmo o feminismo, a cidadania e os problemas comunitários viram "mercadoria" na máquina de fazer dinheiro do "funk".
O povo pobre apenas aparece como porta-voz de um espetáculo movido pelas equipes de som e agências de famosos.
Não é o povo que fala por si, mas uma emissão de uma mensagem previamente elaborada pelos adeptos do "deus mercado".
No Brasil de Michel Temer, o povo pobre, que já não era o protagonista, mas o boneco de ventríloquo da pseudo-cultura do "popular demais", nem chega a ser figurante da chamada "ponte para o futuro".
A PEC 241, agora a PEC 55 do Senado, passa bem longe dos anseios das classes populares.
Aliás, a PEC do Teto, sendo mais direto, vai contra tais anseios.
É como um orçamento apertado para o qual as pessoas têm que se virar gastando pouco para muita coisa.
Mas se o povo pobre perdeu o protagonismo, nem os jovens rebeldes escaparam da falta de protagonismo.
Recentemente, o rádio do Rio de Janeiro teve a lamentável experiência da Rádio Cidade.
A emissora até se esforçou em vender uma imagem de "rádio de rock séria", numa leve diferença com a 89 FM, cada vez mais parecida com a Jovem Pan.
O grande problema é que a Rádio Cidade, não bastasse nunca ter tido um bom histórico como rádio de rock (ela surgiu como rádio pop), tinha uma equipe sem especialização no ramo.
O não-protagonismo atingia até a coordenação, nas mãos de um especialista não em rock, mas em "sertanejo universitário".
Os locutores foram avisados em última hora que não tinham que falar com o jeitão histérico ou abobalhado das FMs pop convencionais, mas era tarde demais.
E o repertório era fraco, porque se limitava apenas aos hits. Não tinha programas de tendências de rock, mas apenas programas de "grandes sucessos" e de humor besteirol nada roqueiro.
Mesmo assim, a Rádio Cidade queria ser levada a sério, e nesses dois anos, entre 2014 e 2016, era respeitada até pelos órfãos da Fluminense FM.
A Cidade queria ser "mais Fluminense FM" que a própria Fluminense FM, mesmo com esse desempenho fraco.
Tinha que sucumbir. Chegou um momento em que os radialistas pop da Cidade eram pressionados a ser o que nunca eram, pois eles nunca viviam a cultura rock no seu cotidiano.
Eles mesmos não aguentaram fazer o papel de "roqueirões", por mais que até Maurício Valladares dava sinal verde para a encenação.
É uma dura lição que serve para outros casos. Parecia que a Rádio Cidade, que em sua fase "roqueira" foi famosa pelos ouvintes reacionários, previu o desastre do governo Temer.
A falta de protagonismo, a causa representada por "gente de fora" só em alguns casos pode significar novas experiências, novas lições.
Mas isso é exceção. A regra é que o não-protagonismo sempre causa prejuízos de alguma espécie, porque o "não-especialista" nunca entende a causa que diz e assumiu representar.
Michel Temer tenta agora argumentar que os últimos resultados eleitorais respaldam o seu governo.
Como se ele tivesse algum respaldo popular tardio. Não tem.
O que ocorreu foi um modismo de neoconservadorismo que faz as pessoas terem que nadar com a corrente das elites.
A grande mídia tem o poder econômico e a máquina publicitária, podem incitar o povo a apoiar medidas antipopulares, nocivas para o próprio povo.
A grande mídia perdeu o escrúpulo de mentir, de desinformar, de deformar.
Ela criou um Brasil fictício do qual o povo se tornou refém.
Daí a necessidade de pedir ao povo para apoiar a PEC do Teto que vai contra os interesses do povo.
E diante desse estrangulamento econômico, a iniciativa privada quer fazer mais uma farra com o dinheiro suado dos brasileiros.
O governo de Michel Temer só representa as elites ricas. Que são apenas uma minoria no Brasil.
Mas o que é o Brasil mesmo para quem só conhece o país pela tela suja da Rede Globo?
Comentários
Postar um comentário