MIRIAM LEITÃO E CARMEN LÚCIA, DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - Cumplicidade.
O Brasil está vulnerável e a sociedade "bem de vida" está brincando com fogo.
Pessoas contando piadas e lendo livros que, de preferência, evitem qualquer compromisso com o Conhecimento.
Como religião e youtubers, por exemplo. Ou os Minecraft e Pokemon Go da vida. Para não dizer os livros para colorir, risivelmente enquadrados no segmento de não-ficção.
Parecia que era ontem que essas pessoas explodiram de raiva só de ver Lula na capa de um jornal ou revista ou na tela de televisão.
Hoje vão felizes para a rua na sua curtição inútil vendo bobagens sem serventia no WhatsApp.
Estão esperançosos até pela PEC do Teto, o estrangulamento econômico que promete gerar renda e emprego não se sabe de que maneira.
PEC do Teto, reformas trabalhista e previdenciária, muitos retrocessos e mil pretextos.
Usa-se a desculpa dos "novos tempos" para lançar velhas ideias, "novos" conceitos de trabalho que, na verdade, remetem ao auge da República Velha.
Nizan Guanaes veio com a aberrante declaração de pedir ao presidente Michel Temer que aproveitasse a impopularidade para impor medidas impopulares.
Uma coisa sem lógica. Afinal, um presidente impopular que adota medidas impopulares nunca se tornará popular por isso.
Pelo contrário, naufragará não só numa baixa popularidade irreversível, mas numa situação vexaminosa de um repúdio popular que pode gerar reações raivosas.
A sociedade plutocrática e seus adeptos - como a patota "clacimédia" que brinca com WhatsApp e acha que o Brasil está perto de virar um paraíso - parecem rir à toa.
As colunas sociais tentam soar como sucursais do paraíso celestial, sem sê-lo de fato.
Há a turma reaça que se acha na liberdade plena de expressar preconceitos sociais cruéis.
Há o empresariado que se acha na liberdade de se expressar contra os interesses das classes trabalhadoras.
E há uma Justiça partidarizada, midiatizada, cujos juristas perderam a noção de imparcialidade e transparência e preferem ser astros de televisão.
Um artigo de Luís Nassif, da sua brilhante série sobre o xadrez político do Brasil de hoje, aponta que Globo e PSDB controlam o Judiciário e o Ministério Público.
Nassif destaca que Carmen Lúcia, presidente (ela renega o termo "presidenta") do Supremo Tribunal Federal, é "protegida" de Gilmar Mendes, ministro que hoje preside o Tribunal Superior Eleitoral.
Gilmar, tucano de carteirinha, está empurrando com a barriga as investigações sobre a corrupção do senador Aécio Neves na Lava Jato.
A desculpa usada é que o esquema é "complexo demais" e precisaria de "mais tempo" para análise.
Otimistas, assessores de Aécio falam que as investigações apontarão para a "inconsistência" das denúncias feitas pelos mais de cinco delatores que citaram o mineiro.
Sobre Sérgio Moro, nem se fala. Ele parece ter o PSDB nas suas células corporais, embora ele insista em desmentir sua opção partidária mais explícita.
Essa elite que detém o poder político de hoje fala tão mal do "aparelhamento" de órgãos políticos e empresas públicas dos governos petistas.
Mas é essa mesma elite que "aparelha" demais seus órgãos, suas empresas e instituições.
A EBC extinguiu o Conselho Curador, que era composto por representantes de diversos movimentos sociais. Deixou de ser pública, virou estatal, privativamente política.
Mas Temer trabalha com um Conselhão composto por representantes das elites para "debater os rumos do país".
Os interesses privados querem se sobrepôr aos interesses públicos.
E as elites estão fazendo o que querem, pensando o que querem, falando e fazendo o que não devem.
E acham que, se seus abusos não trazem efeitos drásticos contra elas, está tudo bem.
Enquanto isso, a vida real mostra um Brasil cada vez mais vulnerável e inseguro.
O Brasil está vulnerável e a sociedade "bem de vida" está brincando com fogo.
Pessoas contando piadas e lendo livros que, de preferência, evitem qualquer compromisso com o Conhecimento.
Como religião e youtubers, por exemplo. Ou os Minecraft e Pokemon Go da vida. Para não dizer os livros para colorir, risivelmente enquadrados no segmento de não-ficção.
Parecia que era ontem que essas pessoas explodiram de raiva só de ver Lula na capa de um jornal ou revista ou na tela de televisão.
Hoje vão felizes para a rua na sua curtição inútil vendo bobagens sem serventia no WhatsApp.
Estão esperançosos até pela PEC do Teto, o estrangulamento econômico que promete gerar renda e emprego não se sabe de que maneira.
PEC do Teto, reformas trabalhista e previdenciária, muitos retrocessos e mil pretextos.
Usa-se a desculpa dos "novos tempos" para lançar velhas ideias, "novos" conceitos de trabalho que, na verdade, remetem ao auge da República Velha.
Nizan Guanaes veio com a aberrante declaração de pedir ao presidente Michel Temer que aproveitasse a impopularidade para impor medidas impopulares.
Uma coisa sem lógica. Afinal, um presidente impopular que adota medidas impopulares nunca se tornará popular por isso.
Pelo contrário, naufragará não só numa baixa popularidade irreversível, mas numa situação vexaminosa de um repúdio popular que pode gerar reações raivosas.
A sociedade plutocrática e seus adeptos - como a patota "clacimédia" que brinca com WhatsApp e acha que o Brasil está perto de virar um paraíso - parecem rir à toa.
As colunas sociais tentam soar como sucursais do paraíso celestial, sem sê-lo de fato.
Há a turma reaça que se acha na liberdade plena de expressar preconceitos sociais cruéis.
Há o empresariado que se acha na liberdade de se expressar contra os interesses das classes trabalhadoras.
E há uma Justiça partidarizada, midiatizada, cujos juristas perderam a noção de imparcialidade e transparência e preferem ser astros de televisão.
Um artigo de Luís Nassif, da sua brilhante série sobre o xadrez político do Brasil de hoje, aponta que Globo e PSDB controlam o Judiciário e o Ministério Público.
Nassif destaca que Carmen Lúcia, presidente (ela renega o termo "presidenta") do Supremo Tribunal Federal, é "protegida" de Gilmar Mendes, ministro que hoje preside o Tribunal Superior Eleitoral.
Gilmar, tucano de carteirinha, está empurrando com a barriga as investigações sobre a corrupção do senador Aécio Neves na Lava Jato.
A desculpa usada é que o esquema é "complexo demais" e precisaria de "mais tempo" para análise.
Otimistas, assessores de Aécio falam que as investigações apontarão para a "inconsistência" das denúncias feitas pelos mais de cinco delatores que citaram o mineiro.
Sobre Sérgio Moro, nem se fala. Ele parece ter o PSDB nas suas células corporais, embora ele insista em desmentir sua opção partidária mais explícita.
Essa elite que detém o poder político de hoje fala tão mal do "aparelhamento" de órgãos políticos e empresas públicas dos governos petistas.
Mas é essa mesma elite que "aparelha" demais seus órgãos, suas empresas e instituições.
A EBC extinguiu o Conselho Curador, que era composto por representantes de diversos movimentos sociais. Deixou de ser pública, virou estatal, privativamente política.
Mas Temer trabalha com um Conselhão composto por representantes das elites para "debater os rumos do país".
Os interesses privados querem se sobrepôr aos interesses públicos.
E as elites estão fazendo o que querem, pensando o que querem, falando e fazendo o que não devem.
E acham que, se seus abusos não trazem efeitos drásticos contra elas, está tudo bem.
Enquanto isso, a vida real mostra um Brasil cada vez mais vulnerável e inseguro.
Comentários
Postar um comentário