Michel Temer é gastador. Tem a tentação de gastar muito dinheiro para agradar familiares, amigos e políticos e empresários aliados.
Para eles, e para o mercado em geral, ele é mão aberta.
Mas, para o povo brasileiro, ele é mão fechada. Mão-de-vaca, mesmo.
O presidente temeroso havia, na noite de anteontem, no Palácio da Alvorada, jantado com senadores, no objetivo de pedir apoio à PEC 55, antiga PEC 241 e sempre PEC do Fim do Mundo ou PEC da Morte.
No seu discurso, o presidente temeroso afirmou que não se combate a recessão com "medidas doces", que o debate com a sociedade será difícil e afirmou que a amarga medida da "peque" é "indispensável".
É aquela coisa de apostar na tese do enforcamento como medida necessária para melhorar a respiração de alguém.
O encontro teve a participação do professor de Economia da PUC do Rio de Janeiro, José Márcio Camargo, que fez gráficos com argumentos de defesa da "peque".
Lá fora, porém, a coisa fervia, o calor era intenso naquela noite do dia 16.
Estudantes bloqueavam os acessos ao Palácio da Alvorada, complicando a chegada dos convidados, que eram 82.
Eles gritavam a palavra "golpista" e um dos cartazes apelava por "nenhum direito a menos".
Temer continua sem qualquer interesse em mexer com os juros da dívida pública, que são altíssimos e que realmente estão "comendo" o dinheiro do governo.
Aviões da FAB, festinha particular "dedicada" ao samba, Bolsa Empresário, subsídios públicos para a mídia, aumento de cargos comissionados, reajustes salariais de servidores do Legislativo, Judiciário e Ministério Público, tudo isso não teve preço.
Temer jorrou dinheiro como se abrisse uma torneira para ficar jorrando água à toa pelo chão.
E foram dois jantares só para pedir o apoio à tenebrosa PEC do Teto.
Tudo para deixar o Brasil parado por duas décadas. Congelado como se fosse um cadáver fossilizado.
Daqui a vinte anos, veremos o que restará desse país devastado, se nada for feito para frear a "peque".
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