POLÍCIA NÃO GOSTA DE VER O POVO PERTO DO CONGRESSO NACIONAL.
O Senado Federal ignorou o agravamento da crise do governo de Michel Temer e resolveu iniciar ontem a votação da catastrófica PEC do Teto ou PEC dos Gastos Públicos.
A "peque" foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados sob o número 241, e passou para o Senado usando o número 55.
E o texto foi aprovado em primeiro turno pelo Senado, ontem à noite.
Será uma sentença mortal, porque condenará os setores públicos a ter um orçamento bastante limitado, mesmo se houver crescimento econômico e até aumento do PIB.
E essa sentença valerá por vinte anos, causando efeitos devastadores na sociedade brasileira.
Imagine um hospital com teto rachado, com fungos e goteiras.
Imagine um estabelecimento que racionaliza até o uso de papel higiênico e tem bebedouros inativos.
Imagine uma escola em que os professores trabalham demais por pouco salário e ainda não têm tempo sequer de criar um bom plano de aula.
Imagine aposentados pedindo emprestado dinheiro a parentes para comprar remédio. E cada um dos parentes com sua contribuição para fazer "vaquinha", porque o preço é muito caro.
Imagine aposentados tristes com o salário que recebem que, vendo o pouco de disposição que restam, voltam ao mercado de trabalho só para ter uma renda menos sofrida.
Sim, isso é a PEC do Teto. É o que o corte de gastos públicos causará. E só estamos citando o óbvio.
Imagine não ter dinheiro para construir uma escola técnica numa cidade do interior porque o orçamento não permite.
Ou ter que se virar para fazer um inventário de um importante sítio histórico a ser um patrimônio cultural.
Ou criar uma nova unidade num hospital, ou ampliar alguma já existente para tornar o atendimento e a espera confortáveis.
Jogar o excedente de demandas para o setor privado, como se ele pudesse substituir as verbas públicas, não é solução confiável nem eficiente.
Isso porque o setor privado quer lucro, mesmo o mais filantrópico objetivo tem o caráter inócuo e mercenário dos interesses de mercado.
E é por isso que o povo protesta contra a "peque", sabendo dos estragos que serão gerados em duas décadas.
Como ontem, em Brasília, à tarde.
E aí o governo Temer mostra seu lado repressivo, como um governo Ernesto Geisel andando para trás, em direção a Emílio Médici e não ao João Figueiredo.
Policiais reprimiram manifestantes que se aproximavam do prédio do Congresso Nacional.
Soltavam bombas de gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral.
Policiais também batiam em estudantes e outras pessoas que estivessem na frente.
As ordens partiram do truculento ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que ordenou a violência policial apenas porque os manifestantes avançavam para o Congresso Nacional.
A desculpa é proteger o prédio legislativo e só permitir um protesto "decorativo", bem longe do local onde se discute a PEC do Teto.
Alguns manifestantes, aparentemente em protesto contra a repressão, incendiaram banheiros químicos e automóveis.
Consta-se que podem ser direitistas infiltrados, como nos black blocs de 2013.
Um grupo de deputados da Comissão de Direitos Humanos se dirigiu ao local do protesto para resolver o conflito.
A "peque" está sendo votada quando o governo Temer tem sua crise agravada com o escândalo de Geddel Vieira Lima e seu prediozinho La Vue.
Já foi encaminhado, pelo PSOL, um pedido de impeachment para tirar Michel Temer do governo.
O motivo foi que Temer teria apoiado a pressão de Geddel para autorizar a construção do edifício em Salvador.
Isso é crime de responsabilidade.
Mas a plutocracia quer segurar Temer até o ano que vem.
Empurram com a barriga, como fizeram com Eduardo Cunha.
Quando a situação "permitir", aceitam o impeachment porque a eleição indireta com a escolha feita pelo Legislativo irá garantir um representante da plutocracia para suceder Temer.
Vivemos tempos ultraconservadores. O jeito é a moçada não ter medo de repressão e se unir para mais pressão contra a direita no poder.
O Senado Federal ignorou o agravamento da crise do governo de Michel Temer e resolveu iniciar ontem a votação da catastrófica PEC do Teto ou PEC dos Gastos Públicos.
A "peque" foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados sob o número 241, e passou para o Senado usando o número 55.
E o texto foi aprovado em primeiro turno pelo Senado, ontem à noite.
Será uma sentença mortal, porque condenará os setores públicos a ter um orçamento bastante limitado, mesmo se houver crescimento econômico e até aumento do PIB.
E essa sentença valerá por vinte anos, causando efeitos devastadores na sociedade brasileira.
Imagine um hospital com teto rachado, com fungos e goteiras.
Imagine um estabelecimento que racionaliza até o uso de papel higiênico e tem bebedouros inativos.
Imagine uma escola em que os professores trabalham demais por pouco salário e ainda não têm tempo sequer de criar um bom plano de aula.
Imagine aposentados pedindo emprestado dinheiro a parentes para comprar remédio. E cada um dos parentes com sua contribuição para fazer "vaquinha", porque o preço é muito caro.
Imagine aposentados tristes com o salário que recebem que, vendo o pouco de disposição que restam, voltam ao mercado de trabalho só para ter uma renda menos sofrida.
Sim, isso é a PEC do Teto. É o que o corte de gastos públicos causará. E só estamos citando o óbvio.
Imagine não ter dinheiro para construir uma escola técnica numa cidade do interior porque o orçamento não permite.
Ou ter que se virar para fazer um inventário de um importante sítio histórico a ser um patrimônio cultural.
Ou criar uma nova unidade num hospital, ou ampliar alguma já existente para tornar o atendimento e a espera confortáveis.
Jogar o excedente de demandas para o setor privado, como se ele pudesse substituir as verbas públicas, não é solução confiável nem eficiente.
Isso porque o setor privado quer lucro, mesmo o mais filantrópico objetivo tem o caráter inócuo e mercenário dos interesses de mercado.
E é por isso que o povo protesta contra a "peque", sabendo dos estragos que serão gerados em duas décadas.
Como ontem, em Brasília, à tarde.
E aí o governo Temer mostra seu lado repressivo, como um governo Ernesto Geisel andando para trás, em direção a Emílio Médici e não ao João Figueiredo.
Policiais reprimiram manifestantes que se aproximavam do prédio do Congresso Nacional.
Soltavam bombas de gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral.
Policiais também batiam em estudantes e outras pessoas que estivessem na frente.
As ordens partiram do truculento ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que ordenou a violência policial apenas porque os manifestantes avançavam para o Congresso Nacional.
A desculpa é proteger o prédio legislativo e só permitir um protesto "decorativo", bem longe do local onde se discute a PEC do Teto.
Alguns manifestantes, aparentemente em protesto contra a repressão, incendiaram banheiros químicos e automóveis.
Consta-se que podem ser direitistas infiltrados, como nos black blocs de 2013.
Um grupo de deputados da Comissão de Direitos Humanos se dirigiu ao local do protesto para resolver o conflito.
A "peque" está sendo votada quando o governo Temer tem sua crise agravada com o escândalo de Geddel Vieira Lima e seu prediozinho La Vue.
Já foi encaminhado, pelo PSOL, um pedido de impeachment para tirar Michel Temer do governo.
O motivo foi que Temer teria apoiado a pressão de Geddel para autorizar a construção do edifício em Salvador.
Isso é crime de responsabilidade.
Mas a plutocracia quer segurar Temer até o ano que vem.
Empurram com a barriga, como fizeram com Eduardo Cunha.
Quando a situação "permitir", aceitam o impeachment porque a eleição indireta com a escolha feita pelo Legislativo irá garantir um representante da plutocracia para suceder Temer.
Vivemos tempos ultraconservadores. O jeito é a moçada não ter medo de repressão e se unir para mais pressão contra a direita no poder.
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